Nosso comentário:
PS: Deixo abaixo alguns link's do DN Política, para quem quiser aprofundar questões da política portuguesa atual. Dou relevo a uma notícia sobre o IMI, o leitor perceberá porquê...
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O gesto de simpatia da Sr.ª Angela Merkel na sua deslocação breve a Atenas peca por tardio, por saber a pouco, por acentuar o florescer de raiva dada a extremismos dos autóctones.
Da esquerda à direita esse perigo aumenta, como se viu ontem em Atenas, muito por força da destruição pura e simples do tecido social que tem sustentado as democracias ocidentais como as concebemos até aqui.
Tecido social que tem convivido mais ou menos pacificamente, e que se tem aguentado muito por força de classes médias suficientes para fazerm pontes entre a maioria que preenche a base da pirâmide social, e os cada vez "menos mais ricos" que ocupam o topo dessa pirâmide.
O que se passa atualmente é que essas classes médias estão cada vez mais acossadas, violentadas, roubadas, pelas medidas dos atuais poderes políticos.
Uma perseguição exaustiva ao bolso do incauto e indefeso cidadão, quase até ao cêntimo.
Diria que muitos estão já em rutura, outros à beira de o estar. O que significa que a enorme base da tal pirâmide social, constituida pelos que nada têm e os que pouco têm, vem sendo engrossada pelos desistentes das classes médias. Os que levam rombo atrás de rombo nas suas vidas, pessoais, profissionais, familiares, empresariais. Uma legião enorme de gente que nada tem a perder com uma mudança de regime, mais ou menos extremada.
Estes, "remediados desistentes", eram parte dos que colavam o tal tecido social, permitindo um fluxo de esperança, emprego, dinheiro, de cima para baixo e vice-versa.
Classes médias com níveis de vida razoáveis que permitiam que tudo fluisse sem se dar muito conta das abissais desigualdades entre os "poucos que tudo têm" e os milhões "que nada ou pouco têm".
Têm sido como que um tampão que tem permitido que estas democracias funcionem da maneira que têm funcionado.
Não me compete a mim defender esta ou aquela tese. Agora, se querem conflitualidade, o fim da democracia, da Europa Unida, da liberdade, hipótese de sérias convulsões mais ou menos violentas... se é isso que querem, então, estão no caminho certo os responsáveis pelas atuais políticas.
Se não for isso que querem os responsáveis das atuais políticas, ou arrepiam caminho drasticamente, ou será tarde demais para salvar o que tanto custou a conquistar: a PAZ, a DEMOCRACIA, a LIBERDADE.
A Sr.ª Merkel devia pensar nisto. O seu país tem uma história ímpar de NÃO PAZ, NÃO DEMOCRACIA, NÃO LIBERDADE.
Portanto, vire o disco Sr.ª Chanceler alemã que é melhor para todos, também e sobretudo para a sua Alemanha!!!
PS: Deixo abaixo alguns link's do DN Política, para quem quiser aprofundar questões da política portuguesa atual. Dou relevo a uma notícia sobre o IMI, o leitor perceberá porquê...
Fiquem bem, António Esperança Pereira
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Executivo quer IMI "quatro vezes superior" a 'troika'
O deputado do PS Mota Andrade afirmou hoje
que a proposta do Governo para aumentar o imposto sobre imóveis representa uma
receita "quatro vezes superior" ao mínimo exigido pela `troika", de 250 milhões
de euros.
Em declarações à Agência Lusa, Mota Andrade sublinhou que o memorando de
entendimento assinado com a `troika" prevê alterações à tributação dos imóveis e
estabelece que o valor da receita a obter deverá ser, pelo menos, 250 milhões de
euros.
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