quinta-feira, outubro 11, 2012

Portugal exporta medicamentos que não tem...


Nosso comentário:


Nunca como agora se ouviu falar tanto em números. Somos permanentemente massacrados pelos midia, televisões, jornais, internet, etc. por uma avalanche entediante de números.
O senhor A aparece e mostra as suas habilidades com umas contas novas que fez em casa.
O senhor B "bota" excelente discurso que pouca gente percebe cheio de composições numéricas de bradar aos céus. Falam de milhares, milhares de milhões, triliões, enchendo as "bocas sábias" quase que em iluminação celestial, ou seja, um baile permanente dado pelos "economistas", também por críticos generalistas, até políticos, de formação de base não economicista, baile esse dado a quem tem a paciência de escutar tal cantiga enfadonha de números intermináveis.
Ora bem, sendo a Economia uma ciência social, por conseguinte e por definição como ciência social que é, tenho para mim que deveria dar mais atenção às pessoas menos aos números.
Ou seja tratar os números em função das pessoas e não o inverso.
Mas não.
Como é sabido, as ciências sociais germinaram na Europa do século XIX.
Foi todavia no século XX, por força das obras de Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber que as ciências sociais se desenvolveram.
Mas há que assinalar que o carro-chefe dessas ciências sociais foi a sociologia, um neologismo criado pelo francês Augusto Comte, seu primeiro professor.
Outras ciências sociais importantes há para além Sociologia, o tal carro-chefe das ciências sociais:
História, Linguística, Ciência política, Estatística, Psicologia social, Direito, Filosofia, Antropologia, Biblioteconomia, Estudos da comunicação, Economia, Administração, Arqueologia, Contabilidade.
Pegando na Economia, esta pode definir-se como a ciência social que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
O termo economia vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí "regras da casa (lar)." Tem por objetivo as atividades humanas ligados á produção, circulação, distribuição e consumo de bens.
Daí ser tempo de os senhores que vomitam números atrás de números que pouca gente entende, que tratam as pessoas como se de algarismos se tratasse, de começarem a pensar na definição dada atrás pelos gregos: atividades humanas ligadas à produção, distribuição e consumo de bens.
Seria esta dinâmica tão simples que se pediria aos senhores economistas que implementassem, que pusessem as atividades humanas ligadas à produção, distribuição e consumo, ao serviço das pessoas.
Parem pois de intoxicar os nossos ouvidos com pacotes de triliões mais triliões, perante a manifesta ineficácia de atacarem com êxito a profunda magreza do crescimento económico (atualmente negativo) 
Peguem em números mais pequenos, atividades humanas da vida real, falem disso às pessoas reais que vos ouvem e que vos lêem. Prestariam assim um melhor serviço com o vosso saber.
 

PS: Porque falo hoje de economia, deixo aos leitores "para reflexão" um artigo, cujo link abre um video da RTP-Notícias sobre a temática da notícia.


Fiquem bem, António Esperança Pereira

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Economia


Medicamentos que faltam em Portugal vão para Alemanha, Dinamarca e Reino Unido - Saúde - Notícias - RTP
 
 
 

1 comentário:

  1. Tal como o pai da economia, Adam Smith, nos ensinou, a Economia assenta essencialmente em 2 postulados: o postulado da racionalidade e o postulado do equilíbrio. O que se verifica atualmente, do ponto de vista económico, é que os agentes económicos não obedecem nem respeitam os ditos postulados. Neste sentido, somos confrontados com uma economia frágil, instável e muito pouco credível. O caminho a seguir passa pelo reencontro com políticas económicas sérias, que promovam efetivamente a estabilidade, o crescimento e o emprego de forma sustentada.

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