segunda-feira, outubro 08, 2012

governo frágil, fragilizado, débil, debilitado.


Nosso comentário:


 
Uma segunda-feira em que se anunciam coisas e loisas nesta Europa em sobressaltos. Apesar de Olli Rehn afirmar que está hoje menos pessimista em relação ao futuro do Euro do que estava na Primavera, escusou-se a responder à pergunta sobre se a Espanha terá de pedir brevemente um resgate.
As mesmas dúvidas pairam sobre a Itália e assim sucessivamente. Tal como um filme de suspense, uma Europa que não pára de nos surpreender pela negativa de há um tempo a esta parte.
Em Portugal mais uma saída do 1.º ministro , desta feita à cidade do Porto, onde o esperou a vaia do costume, desta feita à entrada para a Fundação Cupertino de Miranda, no Porto.
Entre os gritos dos manifestantes sobressaiam: "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais" e "gatuno, gatuno". Isto numa altura em que nos parecem estreitar-se cada vez mais as margens de manobra deste governo frágil, fragilizado, débil, debilitado.
A indignação apoderou-se do dia a dia dos portugueses, atulha as cabeças das famílias com preocupações, mais novos, mais velhos, homens, mulheres deste país sentem um desgoverno interno como não há memória, e participações como esta do 1.º ministro no seminário "A emigração portuguesa na Europa -- desafios e oportunidades" de pouco animam este POVO.
Antes pelo contrário, só relembram a célebre atitude havida por Passos Coelho referindo-se aos jovens sem emprego, dizendo-lhes numa atitude de todo infeliz, incompreensível, "EMIGREM".
Há mesmo quem afirme que foi o 1.º governante do mundo a ter o desplante de "mandar o seu povo emigrar".
Talvez por este desgoverno, uma total incompetência de se transmitir esperança, rumo, um divórcio nunca visto desde o 25 de Abril de 1974 entre governantes e governados, que uma nova manifestação "na onda do 15 de Setembro" está já agendada.
Deixo aos estimados leitores informação sobre mais esta movimentação de descontentamento, revolta, raiva  que se avizinha gigantesca, de total repúdio pelo que está a acontecer.
 
 
 
Fiquem bem, António Esperança Pereira



 
Contributo do Ilustrador Irmão Lúcia para a manifestação cultural de 13 de Outubro - QUE SE LIXE A TROIKA!
 
 

No espírito das mais recentes mobilizações populares, um conjunto alargado de profissionais do mundo da cultura juntou-se a alguns dos subscritores do apelo às manifestações dos dias 15 e 21 de Setembro, sob o lema «Que se lixe a troika! Queremos as nossas Vidas» para lançar um grande evento cultural.
Há nesta altura um aumento da percepção da grave situação em que se encontra o país, sendo cada vez mais evidente e urgente a necessidade de outras perspectivas. A cultura é imprescindível para a consciência d...
e um povo, e é essa própria consciência que por sua vez cria e dá conteúdo à cultura. Os profissionais da cultura não são excepção à situação exasperante em que o país e o mundo se encontram actualmente: é imprescindível reagir, é impensável não o fazer. Do encontro de vontades nascido nas mais recentes mobilizações surgiu a ideia de uma expressão cultural, uma manifestação marcadamente baseada nas artes e no espectáculo para contestar a austeridade e os seus implementadores: governo e troika.
O dia 13 de Outubro será um dia de protesto internacional, o Global Noise, em que esta iniciativa também se insere. Será um marco histórico e cultural, trazendo da rua para a arte e da arte para a rua toda a energia que as percorre. Será um dia cheio de eventos, de música, dança, teatro, poesia, pintura e todas as formas de arte que materializem o espírito de insubmissão que se sente em todo o país.

Cultura é Resistência!
Que se lixe a Troika! Queremos as nossas Vidas!

Cartaz Musical: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=185707571554163
 

1 comentário:

  1. Vivem-se tempo difíceis e muito duros. Continuamos a ser bombardeados com medidas de austeridade sem dó nem piedade e que não levam a lado nenhum. Andamos tristes, deprimidos, desanimados e sem perspetivas. As assimetrias e desigualdades acentuam-se e vão promovendo a desordem social conduzindo a uma sociedade desgastada. Ao que chegámos e pior que isso, para onde nos dirigmos ???

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