Nosso comentário:
Este país continua entregue à bicharada. Os que governam dizem que não há outra saída. Todos os outros, mais ou menos, afirmam peremptoriamente que esta saída é um buraco sem saída, quer para a economia nacional, quer para as populações de Portugal em geral, quer para as pessoas em particular.
O Orçamento Geral do Estado parece contudo ir para a frente. Especialistas chamam-lhe bomba atómica fiscal, assalto final, roubo, muitos outros nomes com significados idênticos.
Mas a troika governamental ( os tais "impreparados") e a troika estrangeira (os credores) vão de vento em popa, encontrando sempre onde deitar a mão da maneira mais fácil e mais danosa para pobres e remediados.
Nas ruas há manifestações quase todos os dias, onde são cada vez patenteadas com mais veemência, a raiva, a indignação, a revolta, sobre o que se está a fazer com este NOBRE POVO NAÇÃO VALENTE E IMORTAL, como reza o seu HINO.
Hoje manifesta-se gente ligada à restauração. Ao que parece dezenas de milhares de pequenos e médios restaurantes fecharão as portas nos próximos tempos. Para o desemprego irão cerca de 100.000 pessoas. Para não falar no efeito dominó que terá em outros setores de atividade.
Uma atualidade explosiva, que preocupa todos.
Uma Europa sem soluções para a União, deixando cair no desemprego, na miséria, numa situação de fome e carência enormes faixas de população dos seus países membros.
Uma Europa sem lideranças à altura das circunstâncias. Uma Europa em que o lema parece ser o adotado pelos predadores em plena selva africana: isolar as presas (neste caso os países) debilitá-las, depois dar-lhes o golpe final, matá-las.
Por isso é preciso acordar, encontrar um rumo enquanto as forças não faltarem, enquanto não nos debilitarem mais, nos isolarem mais, nos convencerem de que será impossível escapar ao predador, de que não há saída, para nos darem o golpe final e nos matarem.
Creio que o dilema neste momento é simples: ou acordamos e reagimos, ou perecemos.
PS. De enorme atualidade deixo um texto referente a um diálogo que data do século XVII entre Colbert e Mazarino, durante o reinado de Luís XIV, em França.
Também um brinde humorístico ao ministro Gaspar, de entre os muitos que circulam.
Fiquem bem, António Esperança Pereira
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Muito actual!...MAS ACONTECEU ENTRE 1643 E 1715.
Vejam se não se sentem retratados.
UMA AULA DE POLÍTICA
Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, na peça teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço…Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?Mazarino: - Criando outros.Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.Mazarino: - Sim, é impossível.Colbert: - E sobre os ricos?Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.Colbert: - Então, como faremos?Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!
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Que post....é isso mesmo....
ResponderEliminara classse média,a eterna sacrificada...
Credo....até fiquei ainda com mais ganas de fazer
qualquer coisa para manifestar o meu total desagrado...
Não é justo!!!!
MA/