sábado, julho 28, 2012

Verdi, Liberdade, Emoção num tempo de gatunagem








www.cmjornal.xl.pt

Há mal-estar nos círculos sociais-democratas. Saiba o motivo, no CM.
Pacheco Pereira acha que o bandido Dias Loureiro, antigo conselheiro de Cavaco e especialista de desvios do BPN, é agora conselheiro de Passos Coelho para as privatizações. Se for verdade o governo TEM DE CAIR, PONTO FINAL! Não queremos ladrões a dar conselhos ao governo da República! Vamos averiguar isto a fundo e decidir em conformidade.

José Ribeiro

Nosso brevíssimo comentário:


Perante uma notícias destas, veículada pelo matutino lisboeta Correio da Manhã, e que vimos publicitada hoje mesmo na rede social facebook, ficamos sem palavras mesmo. Isto já não é partidarite, já não é gostar-se ou não se gostar do regime, já não é tomar partido por este ou por aquele, é muito mais que isso.
Deixamos aos leitores do blog/site, do CM, do facebook, a liberdade de tirarem suas próprias conclusões. Não queremos chamar nomes a ninguém. Mas que isto está a ultrapassar largamente os limites do razoável lá isso está.
Para onde nos está a levar esta gente compatriotas e amigos?
Porque vos imagino a vós, caros leitores, apaixonados pela LIBERDADE, no que ela significa de bom para qualquer povo, deixo-vos a evocação de um momento único em Itália. É bom rever este video pleno de emoção e com uma atualidade cada vez maior nos tempos que vão correndo.

PS. Grato a quem me reenviou este magnífico momento passado na ÓPERA DE ROMA!!!


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No último dia 12 de Março a Itália festejava os 150 anos de sua criação, ocasião em que a Ópera de Roma apresentou a ópera Nabuco de Verdi, símbolo da unificação do país, que invocava a escravidão dos Judeus na Babilónia, uma obra não só musical mas também, política à época em que a Itália estava sujeita ao império dos Habsburgos (1840).

Sylvio Berlusconi assistia, pessoalmente, à apresentação, que era dirigida pelo maestro Ricardo Mutti. Antes da apresentação o prefeito de Roma, Gianni Alemanno - ex-ministro do governo Berlusconi, discursou, protestando contra os cortes nas verbas da cultura, o que contribuiu para politizar o evento.


Como Mutti declararia ao TIME, houve, já de início, uma incomum ovação, clima que se transformou numa verdadeira "noite de revolução" quando sentiu uma atmosfera de tensão ao se iniciar os acordes do coral "Va pensiero" o famoso hino contra a dominação. Há situações que não se pode descrever, mas apenas sentir; o silêncio absoluto do público, na expectativa do hino; clima que se transforma em fervor aos primeiros acordes do mesmo. A reacção visceral do público quando o coro entoa - "Ó minha pátria, tão bela e perdida Ao terminar o hino os aplausos da plateia interrompem a ópera e o público se manifesta com gritos de "bis", "viva Itália", "viva Verdi".

Não sendo usual dar bis durante uma ópera, e embora Mutti já o tenha feito uma vez em 1986, no teatro La Scala de Milão, o maestro hesitou pois, como ele depois disse: "não cabia um simples bis; havia de ter um propósito particular".
Dado que o público já havia revelado seu sentimento patriótico fez com que o maestro se voltasse no púlpito e encarasse o público, e com ele o próprio Berlusconi.
Fazendo-se silêncio, pronunciou-se da seguinte forma, e reagindo a um grito de "longa vida à Itália" disse RICCARDO MUTTI:

"Sim, longa vida à Itália mas... [aplausos]. Já não tenho 30 anos e já vivi a minha vida, mas como um italiano que percorreu o mundo, tenho vergonha do que se passa no meu país. Portanto aquiesço ao vosso pedido de bis para o Va Pensiero. Isto não se deve apenas à alegria patriótica que senti em todos, mas porque nesta noite, enquanto eu dirigia o coro que cantava "Ó meu pais, belo e perdido", eu pensava que a continuarmos assim mataremos a cultura sobre a qual assenta a história da Itália. Neste caso, nós, nossa pátria, será verdadeiramente "bela e perdida". [aplausos retumbantes, inclusive dos artistas da peça] Reina aqui um "clima italiano"; eu, Mutti, me calei por longos anos.
Gostaria agora...nós deveríamos dar sentido a este canto; como estamos em nossa casa, o teatro da capital, e com um coro que cantou magnificamente e que é magnificamente acompanhado, se for de vosso agrado, proponho que todos se juntem a nós para cantarmos juntos."


Foi assim que Mutti convidou o público a cantar o Coro dos Escravos.

Toda a ópera de Roma se levantou... O coral também se levantou. Vê-se, também, o pranto dos artistas.
Foi um momento magnífico na ópera!
Um momento intenso e de grande emoção para os apaixonados pela liberdade!

AGORA NÃO DEIXEM DE VER E OUVIR PELO LINK ABAIXO


http://www.youtube.com/embed/G_gmtO6JnRs


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