Nota do autor do blog/site:
António Esperança Pereira
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O Moisés bíblico
Os limites para o conhecimento não existem.
Um leitor, muito especial aliás, brindou-nos com um exelente texto sobre o profeta Moisés "O Moisés bíblico". A cada um os seus talentos, pela nossa parte reconhecemos a nossa quase ignorância em temas deste calibre. Por esse facto e porque muitos sofrerão do nosso mal, divulgamos os ensinamentos do texto enviado, pretendendo que, pelo menos, possam assim ver aumentados os índices pessoais de cultura geral. Já que chegar a pormenores, como os descritos, só estudando mesmo...
O autor do texto, considera-se ele próprio, segundo palavras suas, "deveras apaixonado pela leitura de Livros Sagrados, pelo que vou deles extraindo passagens ou episódios que considero divertidos, transmitindo-os aos meus amigos".
Pela nossa parte tudo faremos para passar testemunho de tão relevantes episódios, sempre que nos cheguem às mãos.
O saber não ocupa lugar!
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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O Moisés bíblico
Moisés é um dos profetas
mais relevantes da história do Povo Judeu; a ele estão associados
acontecimentos como o Êxodo (a fuga dos judeus que viviam no Egipto), as
peripécias vividas pelos judeus no Monte Sinai (assunto a que tenciono dedicar-me
posteriormente) e outros.
Após a morte de José, também
judeu e segunda figura na hierarquia do Poder no Egipto, subiu ao Trono um
Faraó que deu em embirrar com os judeus, a ponto de ordenar às parteiras
egípcias que matassem todos os bebés masculinos judeus, logo ao nascer, ordem
que as parteiras não acataram, correndo graves riscos, por desobediência. Como
esta medida não vingou, o Povo Judeu foi-se tornando numeroso, preocupação acrescida
para o Faraó. Então o monarca voltou à receita anterior, mas desta vez
extensiva a todo o Egipto: “Lançareis ao rio Nilo todo o menino que nascer e
deixareis viver todas as meninas”. Não imagino como se desenrascaram os pais que
moravam longe do grande rio…
Entretanto um casal de
judeus teve um belo rapaz e esconderam-no durante três meses; quando já não
conseguiam escondê-lo por mais tempo, a mãe embarcou-o num cestinho de papiro,
à prova de água, e intencionalmente pô-lo na margem do Nilo, entre os juncos,
numa zona onde a filha do Faraó costumava tomar banho. A menina viu o cestinho
e mandou uma criada buscá-lo. Logo topou que a criança era hebraica! Além de
inteligente, também devia ser muito boa, pois decidiu adotar o menino e arranjar
de pronto uma ama que cuidasse dele, por acaso a mãe da criança. Já crescidinho
foi devolvido à Faraozinha, que o batizou de Moisés (Salvo das águas). O rapaz
passou uns anitos maravilhosos no Palácio do Faraó, mas a dada altura meteu-se
em sarilhos, matando um egípcio. O caso tornou-se conhecido e teve de fugir. Um
judeu generoso não só o aceitou em sua casa como lhe deu a filha Séfora. Moisés
deixou de roer as unhas, mas começou a ter visões, que não entendia, até que
numa dessas sessões Deus decidiu apresentar-se: “Não te aproximes e tira as
sandálias, porque o lugar é sagrado; eu sou o Deus dos teus antepassados. Vi
muito bem a miséria do meu povo que está no Egipto; tenho de o libertar e fazer
sair desta terra. Envio-te ao Faraó, para tirares os filhos de Israel daqui.”
Moisés ficou acagaçado; não
tinha esquecido o motivo por que fugira, além de se considerar incapaz de
executar uma missão diplomática de tamanha envergadura. Argumentou que tinha
dificuldade em se expressar e que se sentia inseguro mesmo junto dos seus,
quando lhes dissesse que era um enviado de Deus; eles vão querer saber o Vosso
nome, por exemplo.
Resposta: “Eu sou Aquele que
sou”; “dirás ainda: O Senhor é que me enviou a vós.”
Moisés deve ter tido
dificuldade em digerir o que escutara e quis mais garantias. Deus ficou
irritado e lembrou-se de Aarão, mano de Moisés (mais um que escapou do rio),
achando melhor que fosse este a falar às massas, pois não era tão bronco e
tinha inclusive o dom da palavra. Porém não tirou Moisés do papel principal e
ensinou-lhe vários truques: O da vara virar serpente; a lepra que desaparecia
ou aparecia e a transformação da água em sangue. A chatice é que os Magos do
Faraó conseguiram imitar todas aquelas habilidades! Posto o falhanço, mais um
truque: Rãs em quantidades nunca antes vistas. Mas até este os Magos imitaram.
Seguiram-se outros: O dos mosquitos, o das moscas, o da peste, o dos tumores, o
do granizo, o dos gafanhotos e o anúncio da morte dos primogénitos egípcios.
Não há paciência que aguente;
o Faraó cansou-se de os aturar e permitiu que saíssem do país.
Apesar de Moisés ser muito
estimado pelos ministros e povo egípcio (algo que surpreende), liderou a fuga.
Poucas horas volvidas, o Faraó arrependeu-se e enviou as suas tropas no encalço
dos fugitivos. Foi quando Moisés abriu caminho por entre as águas, caminho que
fechou logo que o último judeu atingiu a margem. Ora as tropas do Faraó, que de
certeza não eram comandadas por um Oficial Ranger, meteram-se incautamente onde
não deviam e foi aquela tragédia: Pereceram quase todos afogados.
Os judeus não rumaram na
direção da Terra Prometida, a terra dos cananeus, heteus, amorreus, heveus,
jebuseus e piolhosteus, onde corria leite e mel; decidiram dar umas voltas pelo
deserto durante 40 anos! A jornada podia realizar-se, segundo quem sabe, em
três semanas, o máximo quatro.
Então até às peripécias
ocorridas na zona da Montanha do Sinai.
L. Pereira, 7/7/12
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Minha sta Maria de Lamas.....bem que post....
ResponderEliminarQta sabedoria, pesquisa, "graça".....
Lá está o quanto é agradável juntar o sério ao mais brincalhão....
M.A.