Espanha: mais de 80 'manifs' marcadas para hoje
Dezenas de cidades espanholas vão ser hoje palco de novas manifestações contra as medidas de austeridade.
Mais de 80 manifestações e concentrações estão marcadas para o final da tarde e noite de hoje em dezenas de cidades espanholas, convocadas pelas duas maiores centrais sindicais, contra o programa de austeridade do Governo.
A jornada de mobilização - sob o lema "Querem arruinar o país. Temos que o impedir, somos mais" - foi convocada pela UGT e CCOO e pela Plataforma Social em defesa do Estado de bem-estar e dos serviços públicos.
Em comunicado conjunto, as duas centrais referem que os cortes do Governo "afetam desempregados, funcionários públicos e todos os setores da sociedade espanhola", produzindo "um enfraquecimento dos direitos constitucionais e uma rutura de equilíbrios e valores constitucionais básicos".
Dezenas de manifestações de vários setores, maioritariamente funcionários públicos e desempregados, estão convocadas desde terça-feira e até ao próximo fim de semana, em Madrid e noutras cidades espanholas, contra o programa de austeridade.
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Protestos arrancaram terça-feira
O calendário de protestos, que arrancou na terça-feira com uma manifestação de polícias, inclui 80 protestos das duas maiores centrais sindicais (CCOO e UGT) hoje e um megaprotesto no sábado, sob o mote "21J-Todos a Madrid".
Os sindicalistas afirmaram que os protestos são contra o programa de austeridade de 65 mil milhões de euros, que o Governo começou a aprovar na passada sexta-feira.
Este programa inclui o corte do subsídio de Natal dos funcionários públicos e a redução do número de folgas.
Desde que na passada quarta-feira o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou o novo plano de austeridade que se organizaram, espontaneamente, dezenas de manifestações em vários pontos de Espanha, com destaque para a capital.
No dia 3 de agosto está marcada uma greve no setor do transporte ferroviário e outros sectores públicos têm agendadas mobilizações, protestos e concentrações, estando ainda a ser estudada pela CCOO e UGT uma eventual greve geral.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/espanha-mais-de-80-manifs-marcadas-para-hoje=f740695#ixzz216Hzvg8j
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Nosso comentário:
Lendo as notícias acima, atendendo dpois à calmaria que grassa em Portugal, apenas animada aqui e ali pelos habituais incêndios da época estival, claro que se fica baralhado. Como português que sou, sempre me habituei a acreditar nas potencialidades e virtuosidades do meu povo. Tenho uma coletânea de poemas que dedico a Portugal dentro desse espírito de enfoque da presença da lusa gente no mundo. Chama-se ela, "PORTUGAL PERIFÉRICO OU...OCENTRO DO MUNDO?"
Agora, apesar de poeticamente se poder apelidar os portugueses como um grande POVO, fazer a sua elegia heróica, não confundamos realidade com ficção; estamos em nosso perfeito juízo, daí sabermos separar as coisas. Conhecemos a população de Espanha, a superfície do seu vasto território, conhecemos alguns dos indicadores económicos, históricos, desportivos, entre outros, do país vizinho, sabemos que a Espanha é uma potência com um peso considerável, quer a nível europeu, quer mesmo a nível mundial.
Aqui reside a razão maior da nossa baralhação: nessa Espanha há descontentamento, em Portugal, com muitas mais razões para o haver, não há.
No mínimo é estranho, bizarro mesmo!
Das duas uma, ou ultrapassámos a Espanha nos índices de desenvolvimento, e não tarda estão aí os espanhóis a pedir-nos batatinhas, ou o povo português está pura e simplesmente anestesiado, sem alma nem forças para reagir.
Infelizmente o que se passa é exatamente esta segunda hipótese: o povo português está pura e simplesmente anestesiado, sem alma nem forças, nem organizações políticas credíveis para reagir.
Estamos como dizia um verso de uma cantiga que se cantava a marchar em fardinhas de meninos soldadinhos a brincar, nos tempos da fascizante mocidade portuguesa de Salazar, "levados levados sim".
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Fiquem bem,
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