domingo, novembro 20, 2011

A Tia Amparo






A Tia Amparo era uma mulher de 93 anos que estava particularmente afectada pela morte recente do seu marido.

 
Ela decidiu suicidar-se e juntar-se a ele no além.

 
Pensando que o melhor para ela seria acabar rápido com o assunto, foi buscar a velha pistola do exército que pertencera ao seu marido e tomou a decisão de disparar um tiro no coração, já que estava destroçada pela dor da sua perda.

 
Não querendo falhar o tiro num órgão vital e tornar-se num vegetal e num fardo para os seus familiares, telefonou ao seu médico de família para lhe perguntar onde ficava exactamente o seu coração.

 
O médico respondeu-lhe:

"Dona Amparo, que pergunta?!... O seu coração está debaixo do seu seio esquerdo"
 






e foi assim que a querida tia Amparo... deu cabo do joelho !!!
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Nosso comentário


Trata-se de uma simples anedota recebida via email.
Uma anedota para rir, nada mais.
Todavia, embora de uma simples anedota para rir se trate, não deixámos de achar imenso simbolismo no seu conteúdo.
Conteúdo gozado, que muito tem a ver com as preocupações desta governação.


Esta idosa da anedota, apesar do sofrimento pela morte do seu marido, do imenso sofrimento que tal perda lhe causou;
apesar de, após tamanho infortúnio, aos 93 anos, ter tentado suicidar-se com uma arma;
apesar de para isso ter tido a coragem de perguntar ao médico onde se encontrava o coração, isto para que o tiro fosse certeiro e não falhasse o suicídio;


Pois apesar de tanta e tal determinação, D. Amparo "apenas" conseguiu ficar "viva de castigo" e com um joelho empanado.


Estão a perguntar-se os leitores: mas o que isto tem que ver com a governação?


Pois bem, dizem as estatísticas que há velhos a mais, que a segurança social assim não tem sustentabilidade, que é uma chatice para os novos haver gente a viver tanto tempo, que não há serviço nacional de saúde que aguente pessoas vivas tantos anos, que contra factos não há argumentos, etc etc.

Senhores Darwinistas da governação (acredito que nem todos sejam isso) os agora mais novos serão os mais velhos de amanhã, por muito que lhes custe pensar isso.
A postura que tiverem agora será a que os governantes da vossa velhice terão para convosco.
Tirar-vos-ão medicamentos, o dinheiro da pensão para os comprardes, nem sopa dos pobres vos darão.

Serão anti-sociais como vocês, anti serviços públicos como vocês, serão anti tudo o que faz falta a um Estado moderno e solidário como vocês são.
Se semeardes falta de solidariedade, de equidade, de umbigo inflado, de desrespeito para com os estratos sociais mais sensíveis, será isso que tereis um dia mais tarde.

Inclusão sim, exclusão não, vivam as Donas Amparos deste país!
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Fiquem bem, mas indignados por serem roubados!

António Esperança Pereira







 queríamos todavia


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