quinta-feira, novembro 10, 2011
Bispos temem fim da democracia
Conferência Episcopal Portuguesa é liderada por D. José Policarpo
Mensagem final da Conferência Episcopal Portuguesa
Os bispos portugueses temem que “sombrios jogos de capital” coloquem em causa a democracia, em Portugal e na Europa.
Na mensagem final da 178.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que teve lugar em Fátima, os prelados lembram a importância da solidariedade nos tempos actuais, que consideram de elevada perigosidade.
"É cada vez mais claro que a política internacional não pode reduzir-se, nem muito menos submeter-se, a obscuros jogos de capital que fariam desaparecer a própria democracia", lê-se no texto final da reunião magna dos bispos portugueses.
Nesta nota, os prelados condenam a a sujeição da vida ao capital e os males da especulação financeira.
Diizem os bispos que, "excessiva especulação financeira e pouca consistência económica somaram-se negativamente e tanto nos enfraqueceram internamente como nos prejudicaram internacionalmente", alertando sempre para o facto de uma ditadura do capital conduzir inevitavelmente a ditaduras políticas.
"Nem podemos abster-nos da vida democrática, nem devemos cair nas mãos de novos senhores sem rosto.
Também aqui se há-de respeitar a verdade, condição básica da justiça e da paz", acrescentam.
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Nosso comentário
Li as palavras da mensagem final da Conferência Episcopal Portuguesa, gostei.
Não nos vamos debruçar sobre quem é quem, se este bispo é assim ou assado, aquele outro é melhor ou pior.
Apenas olho, leio este texto e assentam-me bem as palavras nele pronunciadas.
Gosto de louvar o que deve ser louvado.
Não só criticar por criticar.
São palavras que fazem a síntese de muito do que todos vimos sentindo há algum tempo.
Jogos de capital obscuros, povos com pessoas sem entenderem nada do que se passa.
As pessoas, que é quem mais interessa, postas umas contra as outras por políticas erradas e divisionistas.
É um tempo de união não de divisão.
Todos deveriam pagar, que é como dizer, enfrentar a situação/crise criada pelos "obscuros jogos do capital" .
Não serem só alguns a pagar.
Os políticos no poder pensam de maneira diferente, querem à viva força sacrificar uns a favor de outros.
Os beneficiários são os tais, os que estão ligados aos "obscuros jogos do capital".
Por assim procederem, sofrerão as consequências da revolta que irão gerar com as "suas sábias medidas".
Isto mesmo ouvi dizer a um insuspeito membro do PSD, de nome Rui Rio, Presidente da Câmara do Porto.
O líder actual do PS já vem ajudar à festa da governação com o seu bombo,
passando um cheque em branco ao governo sobre um roubo menor aos FP e pensionistas.
Roube-se menos ou mais, em boa verdade lhes digo, não deixarão de ser acusados de roubo.
Agora e sempre!!!
Porque, todos sabemos haver outras maneiras de partilhar sacrifícios:
há a do dr. Rui Rio, há a dos offshores, a das grandes fortunas que ficam à margem dos sacrifícios, a do Bloco de Esquerda, etc etc.
Ausência de imaginação e competência, mais nada.
Depois não se queixem senhores governantes se ouvirem muita gente por aí afirmar,
que o "jogo do capital sem rosto" como lhe chama a Conferência Episcopal, tem o vosso rosto...
Por fim registo duas afirmações contidas na Mensagem Final da Conferência Episcopal, que subscrevo:
"Excessiva especulação financeira e pouca consistência económica somaram-se negativamente e tanto nos enfraqueceram internamente como nos prejudicaram internacionalmente", alertando para o facto de uma ditadura do capital conduzir inevitavelmente a ditaduras políticas.
"Nem podemos abster-nos da vida democrática, nem devemos cair nas mãos de novos senhores sem rosto"
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Fiquem bem, mas indignados como eu. A injustiça dói muito!
António Esperança Pereira
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Só um desabafo....
ResponderEliminarFiquei deveras irritada, zangada com a proposta "maldosa" de acabar no próximo
ano com o desconto dos bilhetes para oa jovens e idosos.....
É inaceitável!!!!Mesmo.
Eu sei bem do que falo.... Durante os meus anos de estudante no velhinho Liceu D.Amélia, na Junqueira, em Lisboa, utilizavamos bilhetes de estudante, para fazermos a viagem de barco até ao Cais do Sodré.
Esses bilhetes davam imenso jeito. Eram uma ajuda para que não ficasse tão pesado o orçamento dos nossos pais...
Bem parece que agora é tudo rico... ou querem que todos fiquem ignorantes....
Estou mesmo indignada!!!! E os idosos não merecem tambem usufruir de um pequeno "doce"
depois de tantos anos a trabalhar no duro?
Ai se o meu Pai cá estivesse agora como ficaria triste....Que injustiça!!!!!!
Oxalá a indignação vá dos bispos aos militares, do rural ao citadino, que o povo todo abra os olhos.
Pior que isto o quê?
Beijo.Leta
Leta obrigado pela partilha.
ResponderEliminarO direito à indignação e mesmo à revolta nunca deixará de ser uma opção dos povos diante dos que os (des) governam.
Quem votou nestes, já deve ter percebido que "mudar para pior não colhe".
De mal a pior, e o pessoal calar-se?
claro que não!
Ninguém merece, nenhum português que se preze merece o que está a acontecer.
Atente nas cenas dos próximos capítulos, alguma saída há-de haver.
Afinal de contas, houve sempre.
Portugal não morrerá.
Para já, e como muito bem dizem os bispos...
"Nem podemos abster-nos da vida democrática, nem devemos cair nas mãos de novos senhores sem rosto"
Um abraço