
Foi uma conhecida soprano na Argentina e uma estrela das novelas venezuelanas nos anos 50, 60 e 70 do século passado, mas, aos 80 anos, Hilda Breer, tem de se prostituir na Alemanha para sobreviver.
Com uma magra pensão de 225 euros por mês, a actriz e cantora não consegue chegar ao final do mês e teve de arranjar uma alternativa para equilibrar as finanças. Em declarações ao jornal ‘Bild’, Hilda Breer explicou que, na Venezuela, “ganhou muito dinheiro, tinha três casas e sete terrenos”. A ruína aconteceu já na Alemanha, em 1980, quando deu poderes a um familiar que lhe vendeu todos os bens.
O desastre económico culminou quando a empresa fundada pela sua filha, e da qual era sócia, faliu e a actriz teve de assumir dívidas, que lhe reduziram a pensão ao mínimo. Começou, então, a trabalhar como prostituta na cidade de Colónia, depois de ver “um anúncio em que um clube procurava senhoras” e assegura que teve sucesso desde o início.
“Precisamente, os jovens queriam uma profissional mais velha. Normalmente rondam os 50 anos e, da minha idade, era a única no bordel. A maioria dos clientes eram muito amáveis”, contou Hilda, acrescentando que cobrava 140 euros por hora, dos quais 80 eram para o clube e para pagar impostos.
Acabou por deixar o clube 15 meses depois devido ao esforço físico a que estava obrigada, mas continuou a manter contacto com alguns dos clientes fixos. Hilda Breer trabalhou ainda numa linha erótica, mas sem sucesso.
A história de Hilda Breer tornou-se conhecida, depois de participar num concurso de televisão da cadeia de televisão RTL, onde espera ter uma oportunidade para recuperar a sua carreira artística como soprano, actriz, locutora de rádio e televisão.
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Nosso comentário
Aqui está uma história de "sucesso", mais propriamente de "susexo" protagonizada na Alemanha por uma famosa sul-americana.
Pelos vistos perdeu tudo, a fama, o proveito, a fortuna material.
A braços com uma idade avançada, apenas com uma pensão de 220 euros, ousou, ainda assim, não baixar os braços, reenfrentando a vida como prostituta.
Chagas de uma sociedade livre cada vez mais doente.
Um ultraliberalismo que está a levar pela via "pacífica" àquilo que Hitler não conseguiu chegar pela força das armas.
Ou seja, uma limpeza étnica. Uma xenofobia levada ao extremo. Onde parece só caberem os "predadores".
Tive professores de direita, designadamente do CDS.
Devo confessar que nutri e nutro ainda alguma simpatia por alguns deles.
Pelo seu saber, pela verticalidade de alguns como docentes.
Penso neles, ao ler a notícia acima, uma talentosa senhora na "poderosa e rica Alemanha conservadora", com uma pensão de 220 euros, a ter que se prostituir para sobreviver.
Penso neles igualmente olhando as medidas da governação portuguesa em que colaboram.
Esses professores pertencentes ao actual designado CDS, das duas uma:
Ou eram hipócritas quando defendiam um "humanismo cristão", pensadores como Teillard de Chardin, as Encíclicas da doutrina social da Igreja, Mater et Magister, Rerum Novarum, Pacem in Terris, Populorum Progressio, etc. ou tais profs "democrata-cristãos" devem estar a contorcer-se com dores de estômago, fígado, rins, bexiga, com uma consciência pesadíssima, ao ver o seu líder actual pactuar com um regime anti-social.
As medidas actuais da governação são tão anti-sociais, de divisionismo, de fractura da sociedade, de ruptura com ideais de humanidade, de solidariedade, de equidade, que mais parece obra de um qualquer demo, não de gente que se diz do lado de Deus, da Igreja Católica, das encíclicas papais citadas.
Gente que diz defender os interesses de Portugal e do seu Povo!
Aonde?
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Fiquem bem, mas indignados como eu!
António Esperança Pereira
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