segunda-feira, novembro 21, 2011

João Villaret, o menino de sua mãe

João Villaret foi um grande actor e um inigualável declamador, que enchia salas de espetáculos declamando poesia e falando de poetas, sem nunca olhar para um papel.

Morreu no dia 21 de Janeiro, há 50 anos.

Alguém se lembrou de criar um site dedicado a ele. Conta ainda com pouca coisa, mas que merece ser visitado e, claro, ouvido. Sugiro, para começar, alguns curtinhos. Mas, claro, ouvi-los todos é fantástico.

http://jvillaret.com.sapo.pt/

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Adivinha
- Balada da neve
- Fado falado
- Liberdade
- O menino de sua mãe

E o incontornável...
- Cântico negro
Consta que após a leitura deste poema, no Teatro de S. Luís, recebeu uma ovação ininterrupta de perto de 30 minutos, que constitui ainda hoje um record nacional em qualquer tipo de espectáculo.
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Nosso comentário

A cultura parece entrar numa fase de "estar a mais" neste país, aliás o que é que não estará a mais neste país da troika?
Por isso deixo o João Villaret e seu talento, cujo site recomendo.
Deixo também um fado de Coimbra.
Fado cantado pelo saudoso José Afonso.

Estive hoje mesmo em Coimbra em cujo hospital da Universidade uma vida que se manteve em nosso convívio desde há várias décadas, parece prestes a iniciar outro caminho: o desconhecido caminho depois da morte(!!!???)
Nunca gostei de dizer adeus. É muito triste mesmo fazê-lo!

Coimbra, cidade onde eu pela primeira vez vi claramente que a poesia tinha um lugar de relevo no mundo.
Penedo da Saudade! local crivado de poemas soltos de poetas mais ou menos conhecidos. Escritos na pedra.
Nas guitarras, nas vozes de tantos rapazes que cantavam versos.

A cultura e memória deste povo, da sua gente, não morrerão.
Fica o fado de José Afonso: Amor de Estudante
http://youtu.be/8kmifh2zdtE
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Fiquem bem, mas indignados por serem roubados!

António Esperança Pereira


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