Fechei os olhos deixei de ver quem via
Tremelicando desequilibrando a espaços
Partia para o escuro dos outros
Assim como quem dava os primeiros passos
A luz escurecia
E maravilha!
Que contornos que traços percebia
Que luz
Parecia de repente
Tudo ter ficado em outra dimensão
Quem seria que estava ali
Tocava-se aceitava-se
Descobria-se
Tudo acontecia porque se partia do nada
Até tropecei no escuro de um parceiro
E que riso ouvi
Em nada parecido com um riso corriqueiro
Logo a seguir ao desatino do tropeço
Uma mão
Devagarinho
Talvez com medo de estragar
Contei nela todos os dedinhos
(cinco)
Quando cheguei ao último
Meu Deus o que sentia
A minha mão perguntava à outra
Se estava bem na minha
Ao que a outra respondia sem falar
Apenas apertando recuando e dando
E a conversa acontecia
Sem luz artificial mas com mais luz que em sítio nenhum
Que encontro
Entre duas mãos descobrindo-se no escuro
Tão bem estavam
Que perderam o sentido dos donos
Queriam lá saber dos donos
Queriam era ficar ali
Cuidando-se
Conversando rindo
Tocando tudo o que tinham para tocar
Porque elas sabiam
Que quando os donos abrissem os olhos
E as levassem dali
O mundo que as esperava
Era um mundo diferente e não havia mãos assim
segunda-feira, abril 03, 2006
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