Vigília: “Cavaco, escuta: o povo está em luta”
Milhares de pessoas estão concentradas em Belém numa vigília que pede a demissão do Governo. Gritam palavras de ordem contra a troika, o Governo e o PR.
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Nosso comentário:
É um facto que o POVO PORTUGUÊS está em brasa. Nem interessa chamar para aqui as manifestações elucidativas e concludentes que começam a acontecer quase espontaneamente. Hoje acontece mais uma em Lisboa frente ao Palácio de Belém. Há outras a decorrer por esse país fora.
Os portugueses querem ter voz. Estão mal, queixam-se. Nos seus queixumes, protestos, desabafos viram as baterias para quem tem a responsabilidade das sua vidas: OS GOVERNANTES.
Querem dizer-lhes, cada vez com mais veemência, uns que perderam o emprego, outros que passam fome, outros que lhes retiraram as magras pensões que os mantinham vivos, outros que não querem emigrar, outros que não vêem futuro nestas medidas de austeridade, nas políticas seguidas, quer para si, quer para filhos, quer para netos. Outros, que lhes roubaram os salários/subsídios para que descontaram uma vida inteira...etc etc.
Não se trata mais daquelas manifestações apenas "de cariz partidário, sindical, apenas de defesa ou pressão sobre este ou aquele interesse em disputa, este ou aquele aumento de salário.
Dessas descaratava-se bem o poder: chamava-lhes de "meia dúzia de comunas" e prontos!
Não.
São manifestações que cruzam todo o tecido social, todas as faixas etárias, todas as camadas sociais, todas as profissões, todos os que sentem um Portugal irreconhecível, para muito pior.
Um único objetivo de todos: QUE NÃO SE MATE PORTUGAL. Que não se mate o POVO PORTUGUÊS.
As medidas de austeridade excessivas que vêm sendo implementadas e outras de igual ou pior gravidade que se avizinham de imposição exterior e aplicadas com severidade e frieza pelo atual executivo de Passos Coelho, leva as pessoas ao desespero.
Fala-se em insensibilidade social do primeiro ministro. Fala-se de impreparação do mesmo. Fala-se que não tem no seu currículo mais do que alguma militância partidária da JSD (Juventude Social Democrata) pouco mais.
Depois a coligação que suporta o governo acarreta ainda mais lenha para a fogueira quando torna público o mal estar entre Passos e Portas. Foi dito que estes se tinham zangado. Que andava cada um remar para seu lado, designadamente discordantes sobre os sacrifícios exigidos aos portugueses.
São figuras públicas de todos os quadrantes a dizerem BASTA! a dizerem que este governo governa mal. A dizerem que este governo está morto. A dizerem que este governo está moribundo.
Enfim, a comunicação social tem feito eco dessas declarações mais que muitas, mais que contundentes, que os leitores poderão aprofundar algures na internet ou nos próprios mídia.
A somar a estas vozes indignadas de inúmeras figuras públicas, o grito permanente do POVO nas ruas, nas redes sociais, ou sempre que um governante deixa a toca do seu gabinete.
Vaias, insultos, cartazes, raiva, revolta por uma situação a que o povo em geral é completamente isento de culpas. Disto não restam dúvidas.
Aguardemos por novos desenvolvimentos,
Fiquem bem, António Esperança Pereira
Após ler este post ocorreu-me a famosa lei de Murphy... : "Se alguma coisa puder correr mal, correrá mal..." Tudo corre mal, tudo vai de mal a pior. Como se não bastasse ainda falta ouvir o PR... Aguenta coração...
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