quarta-feira, setembro 26, 2012

Alemanha culpada pela dor europeia 2.º Paul Krugman


Nosso comentário:


 Época de grandes convulsões nesta Europa de hoje que nada faria prever uns tempos atrás. Pelo menos com esta intensidade, esta perigosidade.
Já nem falo na Grécia, país desde o início da crise atirado às urtigas. Prova bem provada da grande solidariedade que praticam estes povos europeus "unidos"...não haja dúvida!!!
A Irlanda para lá anda, tem-te não caias. Mais para "o caias" do que para "o tem-te"
Na Espanha problemas de arrepiar os pelos de um careca. Já não faltava a crise financeira e os problemas sociais que ela acarreta, desemprego, conflitualidade, empobrecimento, desespero, havia também de aparecer um enorme problema político: uma anunciada cisão da Catalunha, com a dissolução do Parlamento regional e convocação de eleições.
Diariamente chegam novidades daqui e dali, quase sempre novidades de má catadura, ouvia ontem que a FIAT ameaça o governo italiano de sair de Itália se não lhe for concedido apoio por banda do governo italiano.
Em Portugal à venda, ouvem-se cada vez mais os entendidos em consenso sobre o buraco sem saída em que estamos metidos com a terapêutica da TROIKA que vem sendo aplicada.
A dívida em vez de reduzir aumenta, o crescimento económico em vez de subir, desce, o desemprego em vez de baixar sobe exponencialmente, a conflitualidade social está aí à vista de todos.
A palavra de ordem que mais se ouve nas ruas é: GATUNOS.
Não há um governante que saia à rua sem ser apupado, insultado pelo povo. Populações fartas disto, da mentira permanente, desgastadas, roubadas, enxovalhadas.
A incapacidade, a impotência, a falta de soluções dos governantes, a corrupção, a injustiça, a ausência de equidade, são cada vez mais visíveis. Os portugueses estão abandonados, distanciados cada vez mais dos poderes políticos, eu diria, talvez a breve trecho, obrigados a terem de tomar em suas mãos os destinos da Pátria Lusa.
Como? ninguém sabe,  há que esperar pelas cenas dos próximos capítulos.
Mesmo agora acabo de ter conhecimento de que da manifestação de ontem em Madrid resultaram largas dezenas de feridos, dose que ameaça repetir-se hoje e no futuro próximo, até que as respostas, se as houver, convençam as populações de que isto não é mesmo um holocausto... aguentando-se as populações com medidas perversas, falseadas até que o pior aconteça (!!!???)
Seremos nós, Portugal, um dos países em fase laboratorial de "técnicos robot", de cujas motivações sabemos pouco?
 
PS. Deixo-lhes um texto e um link de um reputado economista da Universidade de Princeton, que retirei do facebook. Trata-se de Paul Krugman que diz de sua justiça sobre a dose que está a ser aplicada na Europa.


 
Fiquem bem, António Esperança Pereira

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Krugman: o tempo de as pessoas dizerem basta está a aproximar-se rapidamente


O Banco Central Europeu (BCE) "esteve muito bem" tanto no programa LTRO, a bazuca que permitiu os bancos financiarem-se a baixo custo no início do ano, como no novo programa de compra de dívida anunciado no início deste mês, defende o economista Paul Krugman.

Draghi esteve muito bem. Mas ele não pode fazer desvalorização interna por si só, e ele não pode salvar a Europa se os seus líderes continuam a pensar que o infligimento gratuito de dor deve servir de política

O economista aponta o dedo à Alemanha que considera ser a grande culpada de encarar esta crise como um problema orçamental. "Os alemães continuam convencidos de que os preguiçosos europeus do Sul continuam a mandriar. Devido a isso, a política é continuar a infligir dor só pelo prazer de infligir dor".

O professor da Universidade de Princeton voltou a criticar a austeridade e avisa que assim a Europa não vai conseguir sair da crise.

"Onde é que a austeridade entra nesta história? Na maior parte não entra. Tirar uns quantos pontos do défice estrutural não vai fazer diferença na solvência a longo prazo". Pelo contrário, os riscos são muitos, avisa: "Vai, contundo, deprimir ainda mais o emprego e infligir muito sofrimento directo através de cortes nos programas sociais".

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO061614.html

Sem comentários:

Enviar um comentário

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...