Ás vezes penso
que o que é dor de tanta gente
a quem não falta saúde nem dinheiro
aparentemente
é mesmo preocupação desenfreada
de adquirir sempre última moda
retoque obrigatório na fachada
depois logo ao sair da loja
encomendas todas sortido variado
ar vitorioso mas cansado
é-lhes revelado
que o último grito já era
que o vizinho o amigo têm já consigo
algo mais vistoso mais recente
desolação tristeza frustração
cabeça cheia de inveja inquietação
o sono vai-se o ego também
e o exemplo mostrado à família
ao bairro às redondezas
nunca é suficientemente inflado
por culpa da pressa
com que a abundância do comércio
se renova
ao menos a natureza renova-se sem pressas
e a abundância existe nela
em cada pormenor
a frugalidade o tempero os matizes
tanto requinte das montanhas às planícies
dos céus das estrelas brilhantes cintilantes
ao riacho pequenino
seco
inundado de silvas e de giestas
que passa na minha terra
só que o que é natural
é bem diferente desta vida artificial
em que todos tropeçamos
renova-se em abundância
à escala universal
e o universo não se cansa com isso
nem fica doente
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