Fim de outubro
parece assim o fim de tudo
vão-se as férias vai-se o verão
também os restos que o outono guarda dele
vai-se a apanha da fartura
que faz dos campos
ventre mãe seio abundante
alegria da semente feita pão
parece ser prelúdio triste inverno
aridez de neve de chuva de granizo
agasalhos grossos gripes e frieiras
os primeiros frios
o cair da folha
mais um duro teste
a um tempo agreste
porém o ar naturalmente desolado
da vista da janela
em 1975 é contrariado
um rebento que tem nome de gente
quer que fim de outubro
seja primavera
continuação de abril revolução dos cravos
assim como quem quer
que não haja fim da esperança
quando termina o verão
as férias grandes as colheitas
aquele rebento
que tem nome de gente
teimou nascer
e afirmar ao mundo
que mesmo quando a folha cai
ou no pino do inverno
a vida nasce sempre
e o mundo não pára de crescer
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Grande...Que orgulho ser tema de um poema teu. Adorei ler o teu ponto de vista sobre o contexto do meu nascimento, uma vez que tem tudo a ver com a minha postura e maneira de estar na vida. Obrigado por isso, por me conheceres tão bem e sobretudo por seres meu Pai!
ResponderEliminarAdoro-te!