quarta-feira, dezembro 07, 2011

Casa da mãe Joana


Mais uma vez a cultura popular, uma iniciativa que não me canso de louvar promovida pelos cafés CHAVE D'OURO, passo a publicidade, divulgada através das pequenas embalagens dos pacotinhos de açúcar.
Casa da mãe Joana era hoje o tema do pacotinho que abri ao tomar a bica depois do almoço.
Significado: Lugar onde impera a desordem; vale tudo; lugar onde todos podem entrar.
Origem: Joana era condessa de Provença e rainha de Nápoles (Itália).
No século XIV, aos 21 anos, regulamentou os bordéis da cidade de Avignon, França, onde vivia refugiada.
Uma das normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar".
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Nosso comentário

A situação politico-social gera no dia a dia fracturas na sociedade portuguesa nunca antes vistas depois da instauração da democracia com o 25 de Abril de 1974.
A bagunçada é tal que mais parece aproximar-se o dia de uma qualquer mudança radical, de uma qualquer revolução como está a acontecer nos países árabes.
Uma agitação social como a que eclode diariamente na Grécia.
Uma convulsão como nos tempos da instauração da República.
Um estado de coisas muito parecido ao antes do 25 de Abril.

Certo que vai havendo a terminologia "democracia", "estado democrático" "parceiros sociais" e outras que tais na boca dos governantes, lavando as decisões unilaterais e déspotas que vêm sendo tomadas avulso.
Convenhamos que o regime democrático está doente.
Mandam os mercados, o grande capital, que fugiu de repente, ninguém sabe para onde.
Castigam-se os mais frágeis, premeiam-se os mais ricos.

Todos os poderes estão concentrados na mesma família política: Presidência da República, Assembleia da República, Governo, etc.
Tudo facilitado para o despotismo a que se assiste.
As televisões são um ver se te avias com propaganda pró regime que até choca pelo não disfarce dos intervenientes.

Intervenientes pagos a peso de ouro para fazerem o servicinho.
Certo que metem um ou outro "democrata" nos debates, na circunstância a servir de palhaço ou de bombo da festa.
Também são pagos para desempenhar esse papel.
Será para dar o ar de democratas aos que o não são.

Depois é o governo a meter-se debaixo das saias da mãe.
Qual menino cheio de medo que a mãe lhe tire a xuxa e deixe de poder mamar.
Em boa verdade se diga que mamãe até que pode tirar a xuxa, aliás já tirou, mas mamãe será déspota, má, tirana ao fazer isso ao bebé.
Logo, das duas uma: se o fizer, se tirar a xuxa, será mau para o bebé aguentar violências de mamãe.
Mamãe será má mãe, causará imensa dor no seu menino, sua alma irá parar ao inferno ardendo em chamas.

O bebé após maus tratos, se tiver a sorte de mamãe não o estrangular, o puser no caixote do lixo, há-de crescer, fazer-se gente.
Claro terá que correr alguns riscos.
A vida toda ela é um imenso risco, como é sabido.
Mas se não correr esses riscos, bebé também não cresce, não se fará gente, acabará sempre metido, encolhido, medroso, merdoso, debaixo das saias da mãe.
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Fiquem bem, mas indignados com a roubalheira!

António Esperança Pereira

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