
Os outros não existem
à nossa medida
com os condimentos
a pressa a disponibilidade
o exclusivo
os desejos correspondentes
carentes
que exigimos
intervalo imenso entre
respostas
ausência ausência
equívocos do peito
que nos danam
depois conciliar os tempos?
estão lá no sítio deles
no ritmo deles
nós no nosso
e não aceitamos
desespera-se com isso
podemos adoecer ferir
matar até
pela falta de juízo
que a posse dá
quando
o que é preciso
é fazer um esforço
aceitar o que é
dá dá
não dá não dá
é é
não é não é
ninguém é dono de ninguém
muito menos dos espaços
intervalos
esse tempo do outro
que gera ansiedade
por não controlar-lhe
os passos
tornemo-nos
seres mais sábios
capazes de entender
a vida
e os seus limites
sim’s não’s
talvez
perdas ganhos
possibilidades dificuldades
e saboreemos
esse enigma também no amor
que a vida é
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