quarta-feira, junho 02, 2010

Farol


Era farol
que alumiava
orientava
quem se perdia
na dificuldade
e ali se achava

quando era preciso
na bruma ou na noite
no medo
no dar um jeitinho
em barco à deriva

era luzinha na alma
sozinha perdida
um tempero de vida

sem regatear presença
uma mão
orientação
um sítio de esperança
na ocasião

farol velhinho
a luz foi sumindo
os barcos estranhando
sua falta sentindo
no apontar do caminho

fez falta um tempo
farol apagado
houve confusão
rotas tremidas
na indecisão

mas o tempo passa
o mundo não pára
e àquele farol
eis conforto e sol
apagado em lida
já ninguém liga

2 comentários:

  1. Mais uma para a minha colecção. Obrigado.
    Continuas inspirado quanto baste!
    Grande abraço.
    Leopoldo

    ResponderEliminar
  2. Gostei especialmente do "inspirado quanto baste" eheh
    Um abraço

    ResponderEliminar

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...