
Que honra a quem
ou que desonra
queremos prestar povo português
quando em palavras mais que duras
falsas pérfidas ofensivas
brindamos o solo pátrio
nossa casa?
que revolta zanga mal querença
move tantas atoardas…
um povo mais que digno
brilhante
que faz a diferença para melhor
onde se espalha?
queremos mal a quem?
a nós…
ao recanto oeste Europa
tão soalheiro
tão morno de tempo
de temperos de hábitos de crenças?
só umbigos grandes nos fascinam
irrealidades floreadas
mundo português desencontrado
baralhado
há sempre vendilhões em cada templo
noctívagos medonhos
morcegos pregoeiros
da desgraça
apesar de sermos gente
com tantas tão ilustres
provas dadas
parece agora Europa
em desalinho
nas mãos de senhores sem jeito
querer fazer o favor a cama
a tais pregoeiros
dizer-lhes que Portugal é pequenino
(Portugal em grandeza pioneiro)
agora roto falido
sem dinheiro
e eles ficam todos contentinhos
essa meia dúzia de coveiros
Portugal foi grande sem economistas
traficantes de dinheiros
ora com mania
deu-se e misturou-se
sem arrogância
com trabalho honesto competente
espalhou humanidade
e valentia
não será com tantos séculos de existência
com morcegos ratos falsos pregoeiros
alguns coveiros
fazendo o jogo de qualquer potência
que esta terra amada
por trisavós de trisavós
a nós legada
perderá um rumo na grande estrada
soberana independência
quem sonhe Portugal só vida dura
que o queira pobre só sem nada
que rebole sua consciência
avinagrada
em remota fria ínfima
sepultura
que deixe para quem ama
a Pátria amada!
Bem para um poeta da sua craveira, só Pessoa o acompanha
ResponderEliminarem talento....
Deixo-lhe uma pequena grande frase dele....
"Não evoluo,viajo.
Não viajo,sonho".
Leta
Leta que comentário mais lisonjeiro para um amador de mensagens poéticas como eu!!! Obrigado pelo comentário e, sobretudo pela frase do ENORME POETA Fernando Pessoa.
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