
Chorar sobre o sangue derramado
não tem tento
fica a memória de uma situação
quiçá conseguida
pouco a contento
pois factores dela determinantes
tais e tantos
não foram a seu tempo
ponderados
estudados mudados
até alterados
fica a lição
foi assim que se fez
fez-se o que tinha de ser feito
e como nada mesmo nada volta atrás
cabeça levantada
situação passada
não pode a marca que deixa
da batalha perdida
impedir o recomeço de nova tentativa
aprende-se com os erros
todos o sabemos
para enfrentar a vida
serve a derrota às vezes
para mostrar
uma raivinha de partir a loiça
que pode renovar o ânimo
que só com vitórias
tantas vezes esmorece fica brando
não se pode sempre e em tudo
ser-se grande
faz-se o que se pode neste mundo
e não é pouco
o que faz e faz bem
o nosso Portugal
em tantas coisas o primeiro
segundo sexto trigésimo terceiro
em tanta outras pioneiro
podemos achar pouco
mesmo assim
e querermos mais
o que é humano
temos é de parar de vez
de maldizer os que se empenham
os nossos
os que têm verde rubro
o coração
audazes heróis aventureiros
por alma lusa terem os maiores
não os traidores
“miguéis de vasconcelos “
“andeiros”
rendidos a uma ambição maior
sem qualquer pudor
como se algo de maior houvesse
que o nosso Portugal