sexta-feira, dezembro 12, 2008

eminência do fim


O que não é cuidado
tratado
fica murcho
abandonado


de dia ainda vá
coitado
persiste insiste
em manter-se de pé
firme forte erecto
num destino abjecto

há luz ruído
mesmo distante e perdido
em ínfimos decibéis
são sopro leve e breve
a animar o coração

mas de noite…
arrepio frio de geada
clausura breu
ilusão perdida vertida nada?!

a seiva a secar
segundo a segundo
o corpo a mirrar
na iminência do fim

o eu a fugir
o tu que fugiu
o nós arredado dali

não sei de onde vim
para aqui
não sei para onde vou
daqui

sei que vim só
que vou só
e que o que se passa aqui
é intervalo
entre uma ignorância
e outra ignorância!

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