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Como viver sem ver?
tábua rasa tela branca sem cinema
virgem de assunto de cor e movimento
como se nada houvesse
nem nada se passasse?
seria bom que se pudesse!
mas são muitos filmes
inúmeras as peripécias
os tombos os rombos
a raiva o ódio o amor
todo um encaminhar de juízos num sentido
soma de imperceptíveis triliões
mais triliões
de consequências…
crescemos em montagem intelectual
entendimento complexo
olhos para ver
juízos para julgar
tantos os autores
mestres professores
tanto o conhecimento percebido!
para quê?
de pouco vale tamanho conhecimento
quando o viço foge
chegam as rugas e tudo se mistura
cresce aumenta a neblina
na força que já era
e um nevoeiro espesso a vida fica!
antes ficasse assim na realidade
que nada se visse e se mostrasse…
porque quando a bruma se esvanece
e a luz clareia
vem ao de cima
a complexa dispendiosa construção
que somos
em inevitável perda de ventura
animação
é a luz do dia que o mostra
a luz dos olhos que o vê
em reflexo espelho realidade
a tresandar por todo o lado
mal assoma um pouco de alegria
ainda
logo esta em estranheza entristece
desaparece
finda!
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