puto curioso autêntico traquinas
do ar de vitória que pões
quando apanhas do chão
uma pedra e a atiras
ao tronco das árvores mais finas
e acertas
gosto de ti
do teu ar de medo
em correria
quando atrás à frente e aos lados
um coro de cães te ladra
com ar assanhado dentes afiados
é tanto o medo
que os tornozelos e os joelhos
de tanto correrem e se tocarem
quebram em sangue e tu não te importas
gosto de ti
quando desafias sozinho no campo
um exército de formigas
cortando-lhes o caminho
o quanto aprendes a vê-las
tontas inquietas perdidas
buscando o retorno ao caminho
quando olhas as cegonhas nos charcos
espelhados de juncos e de céu
boquiaberto
e as achas tão bonitas
gosto de ti
quando te entristeces com o enterro que passa
e foges automaticamente
daquele som colectivo tresandando a morte
e te refugias nas guloseimas
sabor a vida
no colo da mãe tão seguro
nos trabalhos da escola que lembram amigos
rumo futuro
gosto de ti
quando especado comendo melancia
bem revirado para a outra banda
vês concentrado as raparigas de Espanha
vindas à feira de Almeida
que se afastam sadias cantando
“enamorada”
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Nem sabia que podia escrever directamente o comentário!!!
ResponderEliminarComo também não sou versado em poesia, nem um fã incondicional, até temo comentar. Mas gostei do que li, achando que está tardando o 1.º livro com poemas do autor do blogue.
Forte abraço do Polito.