havia um redemoínho de vento
ela parecia tonta
cara aberta
olhos arregalados
dançava com a poeira e o vento
com gestos largos descompostos
gemia
cantarolava
as saias levantavam desgarradas
os braços agitavam-se
imploravam em direcções indefenidas
tal a cegueira da dor que a movia
o céu estava negro
em redor um ermo desolado
nada havia ali se não aquele dança
e aquele grito
quando o vento amainou
rodopiando sempre ao subir o monte
levou a mulher servindo-lhe de manto
ou de colete de forças
ou de carrasco
e naquele lugar
ficou apenas
o eco da sua voz
o jeito da sua dança
um ritual perfeito de dor
e de revolta
só Deus saberá porquê
quarta-feira, dezembro 07, 2005
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