basta pôr um ar de estar à venda
uma saia curta
um piscar de olho
e freguesia não falta
há sempre quem compre um grama de prazer
uma atenção breve
uma companhia fugaz
há um vazio preenchido
uma ira descarregada
um fulgor a mais que tem de encontrar
maneira de descarregar
mulher explorada
vexada
ofendida
mas quantas vezes o único refúgio
fácil
a um alívio à dor e à solidão de tantos
neste contexto
considero as prostitutas um serviço social
uma missão digna de respeito
e que apesar da perdição
a que inevitavelmente leva
não deixa de inspirar
um fatalismo trágico
só comparável ao de um mártir
ou de um monge em sacrifício permanente
não é esta prostituição que mais ofende
há maneiras super requintadas
na nossa sociedade civilizada
mediatizada
de vender o corpo e até a alma
e de levar o egoísmo e a ganância
a patamares de luxúria
que esses sim me metem nojo
quarta-feira, dezembro 07, 2005
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