Nota do autor do blog:
Enquanto a pandemia vai durando, parece-me oportuno divulgar alguns escritos a respeito.
Hoje publico mais um, em formato de POESIA, pois claro.
É uma maneira de puxar pela palavra, também uma maneira de ajudar a construir a história deste pesadelo, que nos calhou em sorte.
É um poema em estilo simples e popular. Daqueles que se escrevem ao correr da pena, se assim se pode dizer.
Sempre gostei de estilos simples, pouco rebuscados.
Nunca me dei bem com a literatura que ninguém percebe, muitas vezes redigida com o dicionário por perto.
E, quando estou a ler, como gosto de perceber o que leio, também, quando estou a escrever, gosto que percebam o que escrevo.
Daí o uso e abuso de uma escrita simples e entendível.
Dito isto, façam o favor de ler o poema.
COVID19 XIII
Se
alguma coisa aprendi
Com
esta confinação,
É
que há dois tipos de prisão:
Aquela
que eu já vivi
E
esta que ainda não.
Uma
foi para condenar
As
coisas que escrevi.
Disse
mal do Salazar,
Fui
a Caxias parar.
Esta
outra não condena
É
por mor da pandemia
Puseram-me
de quarentena
Porque
“a coisa” contagia.
A
vida tem destas coisas
Estamos
sempre a aprender
Porque
há coisas e loisas
Enquanto
o tempo correr.
Seja
pr’a bem ou pr’a mal
Estar
preso é ingrato
Isola
da vida em geral
Fica
um deserto o contacto.
Pois
que passe a pandemia
Que
volte a vida à cidade
Dói
ver assim noite e dia
Um
Abril sem liberdade.
AEP/
Fiquem bem, de preferência em casa.
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