quinta-feira, abril 16, 2020

COVID19 II - Poema


Nota do autor:

Tema da atualidade que teima em manter-se nas nossas vidas:
COVID 19.
Trata-se de um bichinho que não se vê, mas que possui tal força, que foi capaz de parar o mundo inteiro.
De amedrontar tudo e todos.
De acagaçar o maior "valentão das dúzias" da nossa praça.
Treme o rico e o pobre: fica queixinhas o grande industrial, o político às aranhas, fica o "sem abrigo" a tiritar ainda mais de frio, de solidão de fome e de medo. Tal como nós.
Faz-me lembrar a tropa: aquele "oficial valentão" que comandava a parada:
Punha tudo em sentido e gritava com voz de trovão ao "magala desobediente" da parada:
"Oh nosso, aí ao fundo:
Não mexe!!!"
O bichinho, embora sem voz de trovão, invisível e silencioso, fez de todos nós magalas e sopeiras obedientes.
Esta a grande verdade.
Dito isto, mais um poema de minha autoria, para marcar a passagem desta pandemia infernal por que estamos a passar.



COVID19 II



Entre o são e o doente
O moribundo e o defunto
Aí está sem piedade
Um golpe na humanidade.

Tudo parado sem pio
Uma razia na vida
Tudo isolado cansado
Abatido pelo cansaço
Sem contacto nem abraço.

Não vale a pena ir à Lua
Ou a Marte
Ou a qualquer longínqua parte
Nesta realidade crua.

Impotência da ciência,
Humilhada e posta nua
A cagança e opulência,
Esta a grande verdade.

AEP/


Fiquem bem, de preferência em casa.

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