Nota do autor:
Tema da atualidade que teima em manter-se nas nossas vidas:
COVID 19.
Trata-se de um bichinho que não se vê, mas que possui tal força, que foi capaz de parar o mundo inteiro.
De amedrontar tudo e todos.
De acagaçar o maior "valentão das dúzias" da nossa praça.
Treme o rico e o pobre: fica queixinhas o grande industrial, o político às aranhas, fica o "sem abrigo" a tiritar ainda mais de frio, de solidão de fome e de medo. Tal como nós.
Faz-me lembrar a tropa: aquele "oficial valentão" que comandava a parada:
Punha tudo em sentido e gritava com voz de trovão ao "magala desobediente" da parada:
"Oh nosso, aí ao fundo:
Não mexe!!!"
O bichinho, embora sem voz de trovão, invisível e silencioso, fez de todos nós magalas e sopeiras obedientes.
Esta a grande verdade.
Dito isto, mais um poema de minha autoria, para marcar a passagem desta pandemia infernal por que estamos a passar.
COVID19 II
Entre
o são e o doente
O
moribundo e o defunto
Aí
está sem piedade
Um
golpe na humanidade.
Tudo
parado sem pio
Uma
razia na vida
Tudo
isolado cansado
Abatido
pelo cansaço
Sem
contacto nem abraço.
Não
vale a pena ir à Lua
Ou
a Marte
Ou
a qualquer longínqua parte
Nesta
realidade crua.
Impotência
da ciência,
Humilhada
e posta nua
A
cagança e opulência,
Esta
a grande verdade.
AEP/
Fiquem bem, de preferência em casa.
Sem comentários:
Enviar um comentário