Nota do autor:
Mais um poema de minha autoria.
Embora inspirado como outros no Covid19, tema atual e deveras preocupante, este tem de diferente um toque de graça.
É mais leve.
Não que a situação seja de deitar foguetes, longe disso.
Mas saiu assim e resultou menos pesado. Uma situação real, um tanto fora da preocupação central do vírus dos nossos pesadelos.
Oxalá gostem.
Mais um poema de minha autoria.
Embora inspirado como outros no Covid19, tema atual e deveras preocupante, este tem de diferente um toque de graça.
É mais leve.
Não que a situação seja de deitar foguetes, longe disso.
Mas saiu assim e resultou menos pesado. Uma situação real, um tanto fora da preocupação central do vírus dos nossos pesadelos.
Oxalá gostem.
COVID19 IX
Uma rapariga jeitosa
Em roupa fresca e calção
Vinha do court de ténis
Da nossa urbanização.
Ambos nos encontrámos
Na saída do portão.
Eu rodava a chave em vão
Na fechadura estragada.
Ela, mais lesta e mais solta,
Ignorando a pandemia,
Ficou bem perto chegada
Ao invés de se ir embora,
Cumprindo as normas em voga.
Bem junto a mim sugeriu
Que o portão só abriria
Pondo o braço de fora
E abrir pelo outro lado.
Que era assim que fazia
Para contrariar o defeito
Da fechadura estragada.
E foi bem dito e bem feito.
Resolvida a situação
Tal com ela dizia
Ofereceu-me a primazia
Na passagem do portão.
Eu fiquei mudo e quedo
Quase sem respiração
Quer pelo medo que sentia
Pela proximidade exigida
Quer pela sua simpatia.
E ante tanta pressão
Outra tanta nostalgia
Em dias de cólera e ira
(Tempo de COVID19…)
Há uma situação que inspira.
Diria mesmo: comove!
E que faz bem ao coração.
AEP/
Fiquem bem, de preferência em casa.
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