terça-feira, setembro 19, 2017

Novo Acordo Ortográfico


Nosso comentário:

Divulgo um texto interessante que recebi via e-mail, sobre o NAO (Novo Acordo Ortográfico) Devo confessar que pessoalmente compreendo ambas as partes. Quer os que defendem o NAO por uma promoção da Língua Portuguesa no Mundo, quer os outros, que têm dificuldade em aceitar quaisquer modernismos por dá cá aquela palha.
Compreendo ambas as posições.
Daí que, em minha opinião, e porque também acho que é difícil, se não mesmo impossível uniformizar uma língua tão rica como é o Português, deveria ter-se mais cuidado.
Não que tenha algum complexo por futuras introduções de vocábulos "brasileiros, angolanos, timorenses, açorianos, portuenses, alfacinhas, guineenses...etc etc etc.
Isso faz parte da riqueza de uma língua viva!
Todavia, é verdade que sinto também no dia a dia a confusão em que se traduzem na prática (já que em teoria é tudo muito bonito) algumas mudanças bizarras segundo o NAO.
O texto que divulgo mostra um pouco do que acabo de dizer.
Resumindo a minha posição:
Aceitar o NAO (Novo Acordo Ortográfico), sim.
Contudo, deveria haver mais divulgação sobre o mesmo traduzida na sua real aplicação prática, escrita e falada,  generalizada a todas as escolas do mundo de Língua Portuguesa.
De outra maneira, apenas resta regressar à primeira forma: português do Brasil, português de Portugal, etc etc
Seja como for, aconteça o que acontecer ao NAO, que VIVAM as gentes que comungam a magnífica língua portuguesa.

António Esperança Pereira



Se é para uniformizar...
 

O "pai" do Acordo Ortográfico, prof. Malaca Casteleiro, defende que a unificação do português é uma medida de pragmatismo que visa acima de tudo promover a língua portuguesa no mundo.         
 
No outro dia, ouvi-lhe dizer que o Acordo Ortográfico em que trabalhou incansavelmente ao longo de anos e anos teve por objectivo uniformizar a língua entre todos os países de expressão portuguesa. 
Assim sendo, os brasileiros têm rabo ou somos nós que vamos passar a ter bunda?
E as senhoras, as de cá passarão a usar calcinha ou são as de lá que usarão cuecas?
De fato eles vestem fato ou nós, de facto, de futuro envergaremos terno?
O governo de cá rouba-nos a grana ou é o de lá que lhes sonega o carcanhol? Passamos a ir à lanchonete ou são eles que vão ao café?
Vamos beber um bagaço à tasca ou uma cachaça ao boteco?
E o tipo que defende a baliza, é para eles guarda-redes ou, para nós, será goleiro?
E como nos passaremos a mover? Nós de trem, ônibus, bonde, ou eles de comboio, autocarro, eléctrico?
Esperamos pelo transporte na parada ou continuaremos a fazê-lo na paragem? Respeitamos a bicha na paragem ou antes a fila na parada?
E aquele gajo porreiro, de pêra, que vai a sair da esquadra? Vamos ter que dizer que é um cara legal, de cavanhaque, a sair da delegacia?
Se quisermos agrafar um relatório, recorreremos a um grampeador ou a um agrafador?
E se o nosso fito é afiar um lápis, agarramos num apontador ou num apara-lápis? Fomos à privada e não usámos a descarga ou fomos à retrete e não puxámos o autoclismo?
E por aqui, pela merda, me fico. Em castelo. À Casteleiro. Em bom português, do único, porque merda é merda, aqui ou no Brasil.

 

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