quinta-feira, novembro 05, 2015

O Poder e o vale tudo.



Tanto quanto se vai sabendo os portugueses estão a debandar do país a um ritmo alucinante. Estima-se que nestes últimos anos de austeridade e governação de direita, mais de 100.000 por ano saem de Portugal buscando em outras bandas o que aqui lhes não é proporcionado: emprego e futuro.
É triste.
Mais triste ainda não se perceber, numa situação tão calamitosa, o porquê de se evitar a todo o custo que uma alternativa de esquerda, ganhadora das últimas eleições não possa mostrar o que vale.
A propaganda no sentido de manter o regime derrotado em funções é mais que muita. 
Mobilizam todos os trunfos e mais alguns para se perpetuarem no poder. Nem que seja por meios enviesados e carentes de legitimidade democrática. 
Até "cavalos de Tróia" infiltrados no PS (Partido Socialista) são aproveitados para fazer pressão sobre a liderança atual deste partido, pretendendo com isso que alguns deputados façam o papel de traidores e deixem passar este governo que os portugueses rejeitaram  nas urnas por larguíssima maioria.
Triste.
Termino este meu desabafo, entre pérfidos traidores, incautos emigrantes e triste povo, com uma fotografia de algo que presenciei na televisão antes de vir escrever estas palavras.
Numa altura em que Portugal está com uma mão à frente outra atrás, derramando no estrangeiro juventude altamente qualificada e competente, um desemprego assustador, uma população maioritariamente deprimida, numa altura em que é anunciada pelos mesmos (direita) a continuação da austeridade de miséria para o próximo ano,..
vejo na televisão os donos deste mesmo poder alicerçado no empobrecimento, rejeitado nas urnas, a botar figura ante manobras da NATO, mais propriamente um desembarque conjunto de fuzileiros portugueses e ingleses em praias do nosso pacífico Portugal.
É mesmo o que nos faz falta nesta fase de "uma mão à frente outra atrás", a "animação guerreira" dos soldados da NATO!
Parece anedota, pelo menos nesta altura de decisões importantes para a vida das pessoas portuguesas, mas não é.
É mesmo verdade.

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira


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