Nosso comentário:
Excelente discurso esta tarde em Lisboa, o de António Costa, na Comissão Política do seu partido, o PS.
Foi um discurso claro, simples, no seu estilo peculiar, utilizando o que se pode chamar uma linguagem próxima do entendimento das pessoas.
Sublinho este último pormenor, "linguagem próxima do entendimento das pessoas", porque desde há uns anos a esta parte, que se tinha instalado neste país um discurso novo por um regime que primava pela ocultação do que a população tinha direito a saber.
Uma população que foi espoliada sem contemplações, sem qualquer ponta de humanismo, de bens e dinheiro sem que com isso visse reduzir a dívida nacional, ou reduzir a emigração, ou combater-se eficazmente o desemprego.
Uma população que parece ter agora uma maioria que a quer defender. Maioria essa desejada e pedida nas urnas nas últimas eleições legislativas.
Todos os partidos com assento parlamentar rejeitam sem equívocos as políticas seguidas e a seguir pela governação de direita agora em minoria.
Os partidos políticos com assento parlamentar, PS, PCP, BE, PEV, têm uma solução governativa sólida que responde a novas políticas para o país e para as pessoas.
Trata-se de políticas sérias, tendo por base o programa eleitoral do PS, políticas essas, que aqui e ali foram melhoradas, aprimoradas, trabalhadas com ideias de todos os partidos em diálogo.
Isto foi dito, por outras palavras, claro, por António Costa no discurso de hoje ante a Comissão Política do seu Partido.
Um discurso transparente, inovador, histórico.
O actual líder socialista foi aplaudido de pé pela audiência o que significa a forte união e empenhamento dos socialistas neste projecto político cuja implementação se perfila num horizonte próximo.
Parece um sonho para os crentes na Democracia. Para aqueles que sucumbiam já à ideia impingida de que só poderia haver um caminho.
Eu próprio me vinha convencendo de que os logo-tipos das múltiplas formações partidárias aquando da realização de eleições, não passariam de puro folclore. Simbolizariam tão somente uma pretensa fachada de uma democracia moribunda pouco desejada e acarinhada pelos poderes ligados à direita política.
Ora, se esta maioria política ora saída do Parlamento funcionar, muitos de nós, eu incluído, voltaremos a acreditar que afinal a alternância política existe, que é possível virar o disco gasto de que há democracia quando são sempre os mesmos a governar.
Voltaremos a acreditar que não há portugueses de 1.ª, outros de 2.ª, outros de 3.ª.
Voltaremos a acreditar que todos, sem excepção, têm direito a ser portugueses,
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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