Tem andado bem acesa a luta política em Portugal.
Há que dizer que já não era sem tempo que uma mexida séria acontecia no marasmo que se instalara de políticas de empobrecimento do país. Uma mexida num caminho feio, que nos queriam fazer querer que era obrigatório e único.
Num caminho que pusera uns contra os outros, num rumo sem qualquer aposta no crescimento, logo um caminho sem esperança.
Por isso mesmo, pelo marasmo, pela desesperança, cerca de meio milhão de portugueses, na sua maioria jovens, houvera que emigrar.
Com uma classe média destroçada, um aumento global da miséria dos mais miseráveis, a venda sistemática do património nacional, assistíamos a um Portugal que desaparecia.
Nas eleições legislativas que ocorreram a 4 de Outubro, apesar da máquina bem oleada da propaganda da governação em exercício, o povo votou.
Não acreditou na chantagem do medo. Não se intimidou com a verborreia da direita, castigou nas urnas com o seu voto esses que lhe metiam medo, os que queriam vergá-lo assustando-o com falsos papões, fantasmas e inverdades.
Resultou uma maioria nova, um novo quadro político. A austeridade e o fatalismo como "ideologia" tinham os dias contados.
O povo português pedia nas urnas mudança de política, virava à esquerda. Queria correr com os governantes da última legislatura.
Queria correr com eles e conseguiu.
Findava enfim uma governação que durara 4 anos, 4 longos e penosos anos que a História se encarregará de narrar aos vindouros.
Nascia uma nova maioria de deputados de partidos de esquerda, PS, PCP, BE e VERDES, uma maioria que se entendia, que convergia no novo quadro parlamentar, uma maioria que se uniu para dar corpo a um novo governo com novas políticas liderado pelo PS (Partido Socialista)
Aguarda-se a todo o momento a tomada de posse desse governo.
A Democracia venceu o medo.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
Sem comentários:
Enviar um comentário