terça-feira, maio 29, 2012

Pina Manique, cagando-se para sua Exª...

Alexandrina Galhardo: Divulgou no Facebook:

OS ROTHSCHILD ESTÃO AÍ...

NÃO PERCEBO PORQUE É QUE OS INVESTIDORES NÃO NOS PROCURAM MAS OS SALTEADORES FAZEM-NO!...

E HÁ MUITO SALOIO PORTUGUÊS CONTENTE, PORQUE JÁ ESTAMOS NA ROTA DOS GRANDES... (miséria)

Banco Rothschild e consultora Oliver Wyman foram contratados para apoiar as negociações com os bancos no âmbito da recapitalização.

Os bancos e o Estado continuam em negociações para acertar os montantes de capital que serão cobertos pelos accionistas e pela emissão de títulos de dívida convertíveis (CoCo's), no âmbito do plano de capitalização. Mas para essas negociações o ministério das Finanças não está sozinho. Para além de António Borges, que trabalha como consultor do ministério de Vítor Gaspar para estas operações do Estado com privados, estão agora na assessoria financeira duas instituições internacionais: o Banco Rothschild e a consultora Oliver Wyman. Recorde-se que a Oliver Wyman foi também contratada pelo Ministério da Economia espanhol e pelo Banco de Espanha para analisar os balanços dos bancos espanhóis.

O ministério das Finanças pretende com estas contratações garantir o apoio para decidir qual o melhor figurino da intervenção estatal nos bancos. Porque há a possibilidade de essa intervenção ser feita através da emissão das obrigações convertíveis (CoCo's) ou através da subscrição de novas acções. Sendo que para cada uma das formas de ajuda há vicissitudes específicas. Já se sabe que os bancos privados preferem que o Estado não entre no capital.

A portaria não definiu o montante-limite para a emissão de CoCo's, pelo que caberá ao Estado, com o parecer do Banco de Portugal, definir os montantes de capital contingente a subscrever pelo Estado, para cada um dos bancos. Sendo que essa decisão será baseada numa avaliação prudencial. Isto é: o capital não deverá ser maioritariamente composto por dívida, ainda que esta seja elegível para ‘core Tier I', terá de haver uma proporção importante de ‘equity'. Esse será o critério que determinará a entrada ou não do Estado no capital dos bancos.
Maria Teixeira Alves
29/05/12 00:05
ECONÓMICO
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Nota do autor do blog/site:

Muito a propósito recebemos de um nosso contato, que agradecemos superiormente,  o testemunho de uma carta de um português sem papas na língua: Pina Manique, explicado e sem rodeios, assim se dirigiu ao Duque de Cadaval como a carta mostra.
Começam a escassear portugueses e não só portugueses, também dos outros, que expliquem as coisas com menos vírgulas, menos se's, menos reticências, menos parêntesis, menos subterfúgios.
Talvez com algum asneirame na boca dos intérpretes da politiquice atual se percebessem melhor as curvas do caminho que atravesamos...

A mentira deu lugar à inverdade, a roubalheira hoje em dia toma outros nomes, branqueamento, lavagem, necessidade orçamental, o crime não é crime, até que se prove que é (o que raramente acontece com os verdadeiros criminosos)
Como que parecemos ter regressado, no domínio economico-político, ao rebuscado período do séc. XVII que ficou conhecido em Portugal por "ESTILO BARROCO". Um estilo que como se sabe marcou todas as esferas do conhecimento de então. Tipo, primeiro que se dissesse o que se queria, aplicavam-se 500 adjetivos. Dava luta!!!
Estamos na mesma.

Deleitem-se com esta preciosidade do Pina Manique:
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O Pina Manique era tramado….

Carta existente na Biblioteca Nacional de Lisboa

Cópia da carta autêntica, existente na Biblioteca Nacional de Lisboa, dirigida por Pina Manique, Corregedor de Santarém (e futuro Intendente de Polícia do Marquês de Pombal), ao Duque de Cadaval, Corregedor-Mor da Justiça do Reino.

"Exmo. Sr. Duque de Cadaval:

Se meu nascimento, embora humilde, mas tão digno e honrado como o da mais alta nobreza, me coloca em circunstância de V. Excia. me tratar por TU,
- Caguei para mim que nada valho.

Se o alto cargo que exerço, de Corregedor da Justiça do Reino em Santarém, permite a V. Excia., Corregedor Mor da Justiça do Reino, tratar-me acintosamente por TU,
- Caguei para o cargo.

Mas, se nem uma nem outra coisa consentem semelhante linguagem, peço a V. Excia. Que me informe com brevidade sobre estas particularidades, pois quero saber ao certo se
- devo ou não Cagar para V. Excia.

Santarém, 22 de Outubro de 1795


PINA MANIQUE
Corregedor de Santarém
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Fiquem bem,

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