quarta-feira, março 23, 2011

SÓCRATES: GUERRA DO PELOPONESO



Conhecido sobretudo como pensador e filósofo, Sócrates foi também grande militar e político. A sua resistência, como reza a história, era inigualável. Confirme-se no texto abaixo:
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A vida política de Sócrates é-nos melhor conhecida. Sócrates tomou parte em três campanhas militares na qualidade de hoplita, isto é de soldado de infantaria. No princípio da guerra do Peloponeso esteve no cerco de Potideia, em Calcídica, de 432 (a.C) a 429 (a.C).
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Imagem da guerra do Peloponeso:

Aí teve Alcibíades como companheiro de armas, salvou-o quando este, ferido, estava prestes a cair nas mãos dos inimigos; foi aliás a Alcibíades e não a si próprio, que Sócrates pediu que fosse atribuído o prémio da bravura que o exército queria conferir-lhe. N'O Banquete, Alcibíades fala-nos da conduta de Sócrates em Potideia:

«Primeiro que tudo não há dúvida que no resistir às fadigas, ele foi superior, não somente a mim, mas também, em bloco, a todos os outros! Sempre que as comunicações ficavam cortadas num qualquer ponto, como acontece em campanha, ficávamos forçosamente privados de mantimentos, os outros no suportá-lo não eram nada ao pé dele. [...] No suportar os rigores do Inverno (pois neste país os Invernos são terríveis), ele maravilhava. Assim um dia, entre outros, que tínhamos o mais terrível nevão que se possa imaginar e que cada um ou bem que se abstinha de deixar o abrigo ou então em todo o caso não saía senão coberto por um montão de coisas extraordinárias, os pés amarrados e enrodilhados em tiras de feltro ou de pele de cordeiro, ele ao contrário, nesta ocorrência, saía não tendo sobre ele outro manto senão aquele mesmo que costumava trazer anteriormente, e, pés nus, ele circulava sobre o gelo mais facilmente que os outros com as peúgas curtas: de modo que os soldados o olhavam sem levantar os olhos, convencidos de que a sua intenção era a de os humilhar.» ( in Jean Brun, página 32)

Em dia de decisões políticas no país Portugal de outro SÓCRATES,
Uma boa noite para todos,

António Esperança Pereira

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