“A questão é do interesse nacional”, insistiu o chefe de Estado em Cantanhede Paulo Novais - LusaO presidente da República voltou este domingo à carga com a ideia de que, à falta de um entendimento entre Governo e PS que viabilize a proposta de Orçamento do Estado para 2025, “a bola fica nas mãos da terceira força política”. Ou seja, o Chega. Em Cantanhede, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu estar “a fazer pressão” e voltou a colocar a tónica na necessidade de as partes “abdicarem de convicções”.
“Se os dois grandes partidos não se entenderem, quem vai desempatar é o terceiro. A bola fica nas mãos da terceira força política”, reiterou o chefe de Estado, recuperando o que havia já afirmado na véspera, em declarações exclusivas à RTP.
“Ninguém está condenado porque estamos num país livre. Eu preferiria que eles se entendessem. Era o que é natural. Depois, não sendo assim, sobra para o terceiro partido. Eu aí preferiria que ele desempatasse de forma a haver Orçamento. E a última hipótese de que eu gostaria era isso vir parar às mãos do presidente, como é evidente”.Trata-se, na ótica do presidente da República de uma questão “do interesse nacional”.
Depois de desfiar a sua agenda para os próximos dias, Marcelo quis sublinhar que “o presidente da República, quando é eleito, um dos magistérios que tem é o da influência”: “Que é, sempre que entender que há um tema importante para o país, exercer a sua influência ou a sua pressão para que as coisas corram de uma maneira e não corram de outra”.
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