
A costa nordeste do Japão transformou-se, esta sexta-feira, num autêntico cenário de devastação, após um sismo de magnitude 8,9 graus na escala de Richter, um dos maiores de que há registo. O forte abalo, que teve o seu epicentro no mar, deu origem a uma gigantesca onda que varreu campos agrícolas e bairros residenciais, arrastando todo o tipo de destroços, desde veículos a casas inteiras.
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Este o resumo de uma notícia amplamente divulgada, de mais uma catástrofe natural, das tais que nada nem ninguém pode fazer quase nada...
A minha solidariedade para com aquele povo enorme, trabalhador, educado, próspero.
Quem assiste a imagens de fenómenos como este, sente efectivamente que, a haver Deus, eu até sou dos que crêem em ALGO, fica no mínimo chocado.
Quem é Deus afinal?
Depois vem-nos a imagem quase diária das desgraças todas que vêm acontecendo aos povos árabes, actualmente dos mais devotos do planeta...
parece que tinha razão o pensador e filósofo grego de nome SÓCRATES que na antiguidade afirmava: "SÓ SEI QUE NADA SEI"
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Recordo o poema que escrevi aquando da terrível catástrofe do Haiti:
HAITI E NÃO SÓ ( do livro "DEUS A VIDA E NÓS")
Na palavra que sai
que nos põe culpa
nos faz sentir mal
na mazela que dói
em ferida que cresce
e nos isola
num hospital
na vida que nasce
numa forma qualquer
e logo desaparece
em morte brutal
milhões de formas vitais
no mar na terra no ar
a mexer
sem fazerem ideia
do que andam a fazer
e quantos milhões triliões
de mundos a rodar…
sou levado a afirmar
num horror por explicar
numa revolta incontida
que o Deus da esperança
ensinado em criança
se borrifa na vida
não só não sente
a alma da gente
como é puro imaginário
que esteja PRESENTE!
guerras trovoadas
pesadelos
as maiores catástrofes
um destino em sorte
de vida e de morte
como entender
o que d’ Ele se vê pregar?
se uma réstia divina
existe aqui
perante o que se vê
no Haiti…
morte destruição
povo arrasado
enterrado vivo
debaixo do chão…
Ele não está decerto ali!
António Esperança Pereira, Bubok Editora
Deus, tal como o pintam, foi inventado pelo Homem.
ResponderEliminarNunca ninguém o viu ou ouviu. Tudo o que contraria
esta verdade consta de depoimentos pouco crediveis,
na sua quase totalidade de pessoas menos lúcidas
ou fanatizadas. O medo da morte, que é comum à
maioria dos mortais, ajuda (e muito) a que a superstição
tenha tantos adeptos. Efectivamente existem fenómenos
que a Ciência ainda não consegue explicar, por exemplo
a infinidade de astros e sua aparente estabilização no
Firmamento. E se para um lado isso constitui motivo de
crença num Ser sobrenatural, para o outro... talvez não.
De qq modo entendo que neste ponto os trunfos falham,
daí os que têm fé e os que não têm. Mas o resultado é
rigorosamente o mesmo.
Um abraço ó poeta e mano.
Mano obrigado pelo comentário. É verdade que nestas ocasiões, como os tsunamis, as desgraças cruéis, incontáveis situações do dia a dia, nos é muito difícil acessar a um conceito de Deus.
ResponderEliminarMuito muito difícil mesmo.
Todavia, essa procura tem que ser feita dentro de nós, aí podemos encontrar para a divindade algum, ou mesmo todo o sentido. Que mais não seja um bálsamo de esperança quando ela mais faltar.
Fora de nós realmente, Deus não existe. Nunca o vimos. Ver para crer como diz o outro.
Uma espiritualidade que possa levar até um conceito de algo superior, uma fé, uma força maior que alimente a vida, pode ser desejável.
Um grande abraço