
Porque é o 1.º dia do ANO NOVO, o ANO DC2011;
Porque vi na televisão em debate um líder assustado, o nosso actual PR, candidato a um 2.º mandato nos destinos da REPÚBLICA PORTUGUESA;
Porque como ele há infelizmente muitos Portugueses com medo;
Porque o país salazarento, isolado, descrente, fechado, atrasado, que deixou marcas até hoje não existe mais...
Porque acredito no quanto melhor... melhor... ao contrário dos que acreditam no quanto pior melhor...
deixo este poema aos portugueses que como eu amam o seu país, que não têm que falar com os estrangeiros de baixo para cima, sejam eles quem forem, haja o que houver.
POVO GRANDE
Entendo quando o barco à vela
e a carroça
eram transportes importantes
quando a concorrência
dos lusos encostados ao atlântico
eram potências…
que a voz faltasse
a esperança mingasse
que as lágrimas disfarçassem
a solidão
da ousadia
de ser Nação
quis independência
e Portugal sofria
na pele na alma
geográfica consequência
mas os deuses já sabiam
que aviões viriam e com eles outras distâncias
que Portugal fazia bem e falta como era
no sítio atlântico em que pousava
hoje a poucas horas de Moscovo e Nova Iorque
no centro da geografia do mundo
Lisboa ponte amiga um povo eleito
vizinhos poderosos hoje unidos
milhões de irmãos amigos
falando português!
que falta pois a este povo
para sentir isto
esta vocação histórica de ser grande
medianeiro diplomático pioneiro?
abram-se os olhos
avivem-se certezas
pois se Portugal esteve cá
e se foi grande
quando o longe se cumpria
à vela ou de carroça
o nosso hoje aqui neste pomar
moderno
é um lugar ao sol bonito amado
em que só não acredita nele
quem não gosta dele
ou quem…
depois de tanto o ver andado
anos séculos desafiados
experimentados
nem acredita no que vê
cego
na descrença triste fado
sabe-se lá porquê!
para quem o povo português
em vez de ser o cântico dos cânticos
uma elegia um poema heróico
mais parece soneto de sepulcro
um beco sem saída
morte e dor ultra romântica…
sabe-se lá porquê!
In "PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO?" de António Esperança Pereira, Bubok editora
Ver estas e outras obras do autor em http://lusito.bubok.pt
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