
Instalei há poucos dias no meu blogue um contador de entradas "revolver maps": uma novidade para mim fantástica nestas coisas dos modernismos e da técnica. Aí podem ver-se as visitas ao blogue pela sua distribuição geográfica. Visitas que mostram nem mais nem menos que são pessoas espalhadas pelo mundo que fala português quem visita meu blogue. Um pouco vindas de todo o lado. Alguém disse "minha Pátria é a Língua Portuguesa". É bonito sentir isto e, nos tempos de incerteza que correm, para além de bonito eu diria que anima muito!
Por isso dedico hoje umas palavrinhas à CPLP: Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
A área do globo terrestre ocupada pelos oito Estados-membros da CPLP é muito vasta.
São 10 742 000 km2 de terras, 7,2 por cento da terra do planeta (148 939 063 km2), espalhadas por quatro Continentes – Europa, América, África, Ásia.
Situado maioritariamente no hemisfério sul, este espaço descontínuo abrange realidades tão diversas como a do Brasil, quinto país do mundo pela superfície, como o minúsculo arquipélago de São Tomé e Príncipe, o Estado mais pequeno, em área, de África.
O clima, a fauna e a flora são variados, correspondentes à diversidade das latitudes em que se situam os vários países membros.
Com excepção de Portugal, de clima temperado com variantes oceânica e mediterrânea, a maior parte da CPLP situa-se na zona tropical subequatorial.
Os índices de pluviosidade determinam grandes diferenças de paisagens naturais, às vezes dentro de um só país, como acontece no Brasil – das estepes semi-áridas do Nordeste à selva amazónica – e em Angola – da floresta do Mayombe ao deserto de Namibe e às savanas inundáveis do Zambeze, por exemplo.
Deixo um poema:
LÍNGUA PÁTRIA
Liga-nos a língua ao mundo
América África Atlântico Índico
Pacífico
afectos espalhados
por caminhos tantas vezes
inventados
andámos caminhámos
amores e desamores de braço dado
espinhos silvas raiva alguma guerra
mas tantas flores!
misturam-se lágrimas e risos
nas andanças
nos adeus longínquos
nas mornas e nos fados
sambas coladeras
lânguidas quentes
derretidas de peito
como nós
alegres ninfas tropicais
deusas por achar
trôpegos lusos marinheiros
de andados esforçados
tão famintos
tudo se foi entrelaçando
as cores os usos
a soma de valores
e de tanto semear
de tanto dar e receber
de tanto se amar e se sofrer…
há hoje povos grandes
lições de paz e humanidade!
em mim português europeu
por pragmatismo
racionalidade realismo
há um coração grato amigo
amante
África minha Brasil tão grande
Timor Macau Índias longínquas
haja o que houver
somos enorme global comunidade
que mistura a saudade
de um tempo ido de crescer
a um presente actual
moderno fraterno
eterno!
Em "PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO?" de António Esperança Pereira, Bubok Editora
http://lusito.bubok.pt
Parabéns.
ResponderEliminarSomos o Observatório da Língua Portuguesa (http://observatorio-lp.sapo.pt)
Obrigado pela visita que muito me honra.
ResponderEliminarVisitei o vosso sítio, é excelente. Poderei divulgá-lo caso queiram.
A temática da Língua Portuguesa é apaixonante.