
A quem, como a mim, passou despercebida esta notícia de meados deste mês, coloco-a hoje aqui no
blogue.
Parece-me ser reveladora dos bons ventos que sopram na modernidade deste país.
Oxalá os que desacreditam o seu país, Portugal, ao invés de tantos imigrantes estrangeiros que hoje aqui vivem e que não cessam de salientar nossas virtudes, percebam de vez que Portugal não só vale a pena, como está entre os melhores.
Isto pode doer aos "velhos do Restelo", aos que "reinam no quanto pior melhor" mas desenganem-se os mesmos, os que esperam acoitados, quais abutres, que a presa vencida, moribunda, a Pátria lusa, lhes caia de bandeja nas mãos.
Porque meus senhores, nunca o mundo andou para trás!
Como dizia meu avô materno: "alma até Almeida" (ele era de lá) e... "para trás mija a burra"(ele sabia, porque tinha uma burra!)
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A notícia:
Segundo o relatório anual publicado pela revista International Living, numa lista de 192 países, Portugal ocupa a 11ª posição em matéria de qualidade de vida (com o mesmo score da Itália, Andorra, Austrália e Holanda), o que representa uma subida de 10 lugares em relação à edição do ano anterior.
No contexto da União Europeia, Portugal está em 7º lugar, a par da Itália e à frente de países como Holanda, Dinamarca, Grécia e Espanha.
Este ranking mede vários aspectos que concorrem para o nível de qualidade de vida de um país, aspectos esses que se encontram organizados em nove áreas: custo de vida, cultura e lazer, economia, ambiente, liberdade, saúde, infra-estruturas, segurança e clima.
A lista global é liderada pelos EUA, seguidos da Nova Zelândia, Malta e França. A fechar a tabela encontra-se a Somália.
Toda a informação pode ser encontrada em http://www1.internationalliving.com/qofl2011
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Um poema
"Agências de rating"
Ai ai aqui d’el rei
soa-me a isto
quando vem lá das Américas
wall street topo de gama
preocupação estranha
pelo crescimento em fama
do suposto pobre
Portugal vestido de negro
mão estendida
imagem feita antiga
hoje denegrida
fora de contexto
bata-se no triste
no elo frágil
pensam eles assim
perfidamente
lembrei ditado popular
que sempre ouvi contar
“rico chora
estranha
quando vê pobre
de camisa lavada
cabeça levantada”
agências de “rating “
americanas e suspeitas
porque é Europa
e para enfraquecê-la
há que feri-la nos flancos
nas zonas mais a jeito
pare-se o tgv o aeroporto
o desenvolvimento
“Pobre” rumo a mais conforto
causa no rico
desconforto
mas também o povo diz
“que é no baixar de calças
que o rabo mais se vê”
eu acrescento…
não desistas Povo Português!
se construíste castelos
dilataste impérios
e com o tempo os perdeste
por ficarem velhos
ultrapassados
não foi em vão que os fizeste
foi antes trunfo
cartada nobre que jogaste
faça-se agora o mesmo
apesar de ventos sem feição
que a obra quando avança
dá empenho confiança
esperança
e as vozes de trovão
os invejosos temerosos
depois de vê-la feita
hão-de render-se a ela
vivê-la
ou por razão estreita
caturrice por opção
morrerão
por já não entendê-la.
António Esperança Pereira em "PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO?" Bubok Editora
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Um óptimo início de semana para todos
com um abraço do,
António E. Pereira