
A fera enorme
grossa portentosa
acorda
olhos de sangue
boca cerrada
estica o corpo
afia as garras
prepara ainda quase inerte
a intuitiva habilidade
golpe letal em presa fácil
levanta-se espreguiça-se
agiganta-se
mostra ao espaço circundante
toda a força
a garganta funda
os dentes afiados
o corpo forte
que aonde se desloca
espalha morte
a vítima como sempre
lá está
para acalmar a fúria bruta
do agressor
patética frágil desengonçada
sem saber se há-de fugir
se resistir
se entregar-se
se fugir morre
se resistir morre
se se entregar morre…
tal a fome quente
que inebria a fera!
destino trágico este
do mais fraco
feminino suave pequenino
ante o déspota agressor
enorme feroz e sanguinário
que é mais forte!
Sem comentários:
Enviar um comentário