sábado, fevereiro 10, 2007

um filho de janeiro

O dia amanheceu diferente
não era que não fosse um dia como os outros
mas algo acontecia
que fugia
ao trivial ao corriqueiro

era janeiro e tu nascias
futuro sequência vida que começa
e se agradece não se sabe a quem
porque é muito o que se quer agradecer
e não há palavras nem gestos para o fazer
fica-se assim como eu fiquei

sério
contente
sem jeito
sem olhos grandes que pudessem fixar o instante
o sorriso permanente que virias a ser

dá para lembrar o céu da minha terra
onde o luar em janeiro é lindo
e a lua cheia encanta a noite
emprestando-lhe calor
nos frios rigorosos das geadas

não vejo esse luar aqui cidade grande
com holofotes
néons
iluminações

mas como nasceu aqui
uma estrela brilhante
especialmente bela
quase esqueci
que da minha rua não vejo a lua cheia da minha terra

a estrela que nasceu em janeiro
Lisboa em ti
vê só
tem rosto e sorri quando me vê

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