Nosso comentário
Apenas meia dúzia de palavras sobre o que se passa no Reino de Espanha, designadamente na auto proclamada República da Catalunha.
E apenas meia dúzia de palavras porquê?
Porque tudo vem sendo já dito especialmente no que concerne a evitar que tal auto proclamação da independência do território se concretize.
O mapa abaixo traduz sem dúvida as razões principais que podem não deixar que a República da Catalunha o possa ser.
Isto independentemente de nos pormos para aqui a defender a Espanha (coitadinha da Espanha que fica mais pobre e mais pequena) ou, ao invés, de nos colocarmos sem apelo nem agravo ao lado de um nacionalismo que está longe de ser consensual.
Todavia, e apesar de não ser consensual o sentimento nacional, o desejo de libertação de um território e de um povo, a Catalunha, sabemos pelo menos que ele é histórico e tem bases profundas que o justificam.
Ficamos divididos entre dois pontos de vista fortes.
Mais nacionalismos não que ferem a Europa de morte, abrem precedentes que podem custar caro a outros países europeus, com semelhantes problemas no seu seio. Um ponto de vista válido sob a ótica europeia, embora contrário ao princípio de autodeterminação e independência dos povos.
O outro, que levanta a tal questão de se partirem, pela via dos nacionalismos, Estados mais influentes, grandes e fortes em minúsculos estados vulneráveis. Será melhor solução? (o caso da Jugoslávia é paradigmático)
Há que estudar prós e contras de ambas as soluções. Tendo por certo que um povo integrado num todo de que não se sente parte, num convívio contrariado, com cultura e história próprias, subjugado pelo poder central (seja Belgrado, Madrid ou outro poder central qualquer) tem todo o direito a aspirar a ser livre e seguir o seu próprio destino.
Seja como for, cada caso é um caso, é melhor enfrentar as realidades, sem as escamotear ou branquear, sendo certo que se desejam processos em que seja dado o primado ao diálogo na busca das melhores soluções.
Fiquem bem
António Esperança Pereira
Se todas as causas independentistas da Europa vingassem, este seria o novo mapa europeu. Centenas de novos países apareceriam no continente, mas Portugal manteria as suas fronteiras históricas.
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