Nosso comentário:
Tenho sobre os nacionalismos opiniões contraditórias. Se por um lado sou favorável, por outro, nem tanto. Aquela situação da Jugoslávia tocou-me muito. Um Estado importante que era, a República Federativa da Jugoslávia, foi espartilhado em microestados de importância escassa.
Para quê? que ganharam todos eles? é sabido que a união faz a força. Por outro lado, também é certo que a liberdade, quando desejada e conquistada, pode ser o maior bem que uma comunidade pode ter.
Daí que, sendo eu simultaneamente a favor e contra uma tal formação de microestados, tenho a consciência de que um comentário meu mais pormenorizado não ajudaria em nada a melindrosa situação atual de Espanha.
Tenho sim a consciência de que a independência da Catalunha é um golpe imenso no atual Reino de Espanha.
A agravar as coisas, poderá a onda independentista não se quedar por aqui.
Uma nova Jugoslávia?
Façam o favor de ler o texto e ver o filme publicados no Público.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
No passado dia 1 de Outubro, a Catalunha votou a favor da independência, enfrentando o governo espanhol que declarou o referendo ilegal. A região é uma das 17 comunidades autónomas de Espanha. Com uma população de 7 milhões e meio de pessoas, a região tem a sua própria língua, história e cultura. Foi na segunda metade do século XVI, quando Fernando II de Aragão se casou com Isabel I de Castela, que a Catalunha passou a fazer parte de uma Espanha unificada. O cerco de Barcelona em 1714 aboliu a soberania da região. A Catalunha foi forçada a adotar a língua e os costumes de Castela. Quando a Espanha se tornou uma República, em 1931, a região voltou a conquistar a autonomia. Mas perdeu-a novamente com a ditadura franquista. A morte do general Franco restaurou a democracia, e permitiu à Catalunha ter o seu próprio parlamento, força policial e sistema de educação. A autonomia conquistada não acalmou a ambição dos catalães, descontentes com o governo central. A Catalunha é a região mais rica de Espanha. Representa 20% do PIB nacional. Os cortes orçamentais durante a crise financeira de 2008 e o aumento de impostos contribuíram para agravar o descontentamento e aumentar a força do movimento separatista.
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