Nota do autor do blog:
É fim de semana, o tempo hoje aqui por Lisboa até está um tanto cinzento.
Assim sendo, e apesar das saudades que o sol sempre nos deixa, pode este ambiente mais outonal ser um convite a uma boa leitura.
Por isso mesmo resolvi partilhar uma novidade literária que recebi.
Trata-se de uma edição da Editora Antígona que nos dá a conhecer a obra-prima de Paul Gadenne-BALEIA.
Para pormenores sobre a mesma, também sobre o autor, convido os estimados leitores do blog a lerem o extenso resumo abaixo que acompanha o lançamento da obra.
Boas leituras,
António Esperança Pereira
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BALEIA
Paul Gadenne TRADUÇÃO José alfaro
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Julgáramos ver apenas um animal que dera à costa: contemplávamos um planeta morto.
Publicada por Albert Camus na revista Empédocle em 1949, a obra-prima de Paul Gadenne é um texto fulgurante que, em pouquíssimas páginas, ombreia com os grandes romances. Quando Pierre leva Odile a ver uma baleia branca encalhada na praia, o que pensar daquele monstro belo e hediondo? Monumento do horror e esplendor da guerra? Da impotência e do desespero do homem? Metáfora de um continente em decomposição? Baleia, crónica de um reencontro com o outro e consigo mesmo, é uma pérola agora emergida, um colosso que dá à costa, numa escrita radiante e hipnótica como o fluir e refluir da maré.
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Paul Gadenne (1907-1956), novelista, poeta e dramaturgo, estudioso de Proust e colaborador das principais revistas literárias da sua época, foi injustamente esquecido após a sua morte prematura, aos 49 anos, vítima de tuberculose. Passou os últimos vinte anos da sua vida entre sanatórios e quartos alugados no País Basco francês, altura intensa em que escreveu as suas obras mais ambiciosas – como La Plage de Scheveningen (1952), romance sobre o apelo da nostalgia, ou L’Invitation chez les Stirl (1955), revelador das fragilidades e frustrações das relações humanas. Ao longo da sua vida, Paul Gadenne fez da solidão o motor e o tema dos seus textos, construídos com uma excepcional sensibilidade e um singular poder de sugestão.
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