terça-feira, outubro 31, 2017

A noiva em 31.10 de 1970



Quem é a noiva mais linda do mundo, quem é?

Parabéns miúda, obrigado por me aturares tantos anos.
47 aninhos, certo?





Te amo e te amarei sempre
Teu Tozé






A minha mulher

faz tempo já serra de Sintra meu amor
piquenique de um ontem em que te conheci
um olhar distantemente perto
entre o casario e o trem
que trazem Sintra ao Rossio
e que te trouxeram a mim e a ti

ali começou tudo
entre Sintra e o Rossio
ali te achei companheira por achar
e comecei a seguir o teu andar
Belém Lisboa a outra margem
olhos de Lisboa os teus
num rio que te viu nascer
as marchas populares
os bairros as gaivotas
com o Tejo sempre perto
cacilheiros encontrados
um porto um abrigo
um pai um amigo e tu sempre tu
coração grande e aberto

talvez por isso meu amor tu foste cais
e pousei em ti
meiga bela e boa
MULHER
abençoada Lisboa/mulher
que me deu tanto
e quem recebe tanto tem que ser grato
sou pouco o que te dou
pequeno
Sintra Rossio
Belém a outra margem
mulher estou aqui.

Com esta sentida evocação, desejo aos leitores do blog que sejam muito felizes

António Esperança Pereira


domingo, outubro 29, 2017

Meia dúzia de palavras sobre a Catalunha


Nosso comentário

Apenas meia dúzia de palavras sobre o que se passa no Reino de Espanha, designadamente na auto proclamada República da Catalunha.
E apenas meia dúzia de palavras porquê?
Porque tudo vem sendo já dito especialmente no que concerne a evitar que tal auto proclamação da independência do território se concretize.
O mapa abaixo traduz sem dúvida as razões principais que podem não deixar que a República da Catalunha o possa ser.
Isto independentemente de nos pormos para aqui a defender a Espanha (coitadinha da Espanha que fica mais pobre e mais pequena) ou, ao invés, de nos colocarmos sem apelo nem agravo ao lado de um nacionalismo que está longe de ser consensual. 
Todavia, e apesar de não ser consensual o sentimento nacional, o desejo de libertação de um território e de um povo, a Catalunha, sabemos pelo menos que ele é histórico e tem bases profundas que o justificam.
Ficamos divididos entre dois pontos de vista fortes.
Mais nacionalismos não que ferem a Europa de morte, abrem precedentes que podem custar caro a outros países europeus, com semelhantes problemas no seu seio. Um ponto de vista válido sob a ótica europeia, embora contrário ao princípio de autodeterminação e independência dos povos.
O outro, que levanta a tal questão de se partirem, pela via dos nacionalismos, Estados mais influentes, grandes e fortes em minúsculos estados vulneráveis. Será melhor solução? (o caso da Jugoslávia é paradigmático) 
Há que estudar prós e contras de ambas as soluções. Tendo por certo que um povo integrado num todo de que não se sente parte, num convívio contrariado, com cultura e história próprias, subjugado pelo poder central (seja Belgrado, Madrid ou outro poder central qualquer) tem todo o direito a aspirar a ser livre e seguir o seu próprio destino.
Seja como for, cada caso é um caso, é melhor enfrentar as realidades, sem as escamotear ou branquear, sendo certo que se desejam processos em que seja dado o primado ao diálogo na busca das melhores soluções.

Fiquem bem

António Esperança Pereira


Se todas as causas independentistas da Europa vingassem, este seria o novo mapa europeu. Centenas de novos países apareceriam no continente, mas Portugal manteria as suas fronteiras históricas.


quinta-feira, outubro 26, 2017

Bandeiras, significado e cultura


Nosso comentário:

Na rubrica "o saber não ocupa lugar" deixo hoje uma dica que pode ser estendida e aperfeiçoada através de pesquisa por exemplo através de livros ou da internet.
De forma sucinta indica-se abaixo o significado de algumas bandeiras nacionais.
Ao acaso, coube a vez à Suíça, à Grécia e à França.
Claro que o significado das bandeiras tem a sua importância, todavia, útil seria aprofundar-se o nosso conhecimento em outras áreas importantes dos países em causa.
As bandeiras funcionarão apenas como o "gatilho", o "chamariz", que pode despoletar mais pesquisa e consequente enriquecimento da cultura geral de cada um de nós.
Fica a dica. 

António Esperança Pereira



Significado da bandeira da SUIÇA

As cores da bandeira da Suíça são vermelho e branco. A Cruz branca sobre o fundo vermelho já era utilizada na época do Sacro Império Romano-Germânico e representa a Liberdade e a Honra.

Bandeira da Grécia

As cores da bandeira são o azul e o branco. As nove faixas em azul e branco representam as nove
silabas do tema nacional "Liberdade ou Morte".
A Cruz simboliza o triunfo do Cristianismo.

Significado da bandeira de França

As cores da bandeira de França são três : azul, branco e vermelho. A bandeira tricolor representa os princípios da Revolução Francesa de 1789 .
LIBERDADE-AZUL
IGUALDADE -BRANCO
FRATERNIDADE- VERMELHO

terça-feira, outubro 24, 2017

Açores, quantas ilhas são?


Nosso comentário:

No passado fim de semana, deparei com uma mostra de produtos dos Açores patente num Centro Comercial de Lisboa.
Lembrei-me, para além de apreciar os artigos e produtos de altíssima qualidade ali expostos, de "recapitular" um pouco sobre as ilhas que integram aquela Região Autónoma do território português.
À memória, mesmo que os nomes das ilhas do arquipélago ainda possam acorrer todos, a verdade é que a ordem e a localização dessas ilhas já não será assim tão fácil.
A brincar a brincar, os Açores contam com nove ilhas, todas elas com pano para mangas.
Percebi então que teria necessidade de atualizar a matéria em termos de Geografia e no mínimo ir à internet recordar o essencial.
Para não maçar com os pormenores que desvendei e redescobri, deixo a pesquisa desses pormenores a cargo e ao critério dos leitores. 
Limito-me a partilhar a parte mais básica, em termos de cultura geral.
Assim, e tal como nos ensinaram nos bancos das escolas, as nove ilhas do Arquipélago estão agrupadas em três grupos:

GRUPO OCIDENTAL-Flores e Corvo
GRUPO CENTRAL-Terceira, S. Jorge, Graciosa, Pico e Faial
GRUPO ORIENTAL-S. Miguel e Sta. Maria

A capital, Ponta Delgada, situa-se na ilha de S. Miguel, a maior ilha em termos de superfície. Mas há outras cidades bem conhecidas de todos nós: por exemplo, Angra do Heroísmo, na Ilha da Terceira e a Cidade da Horta na Ilha do Faial.
Ai essa memória....

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


domingo, outubro 22, 2017

O Avô e o Neto


Nosso comentário:

Recebi via e-mail este interessante "arrazoado" de afirmações de um homem que até nem se pode considerar "velho". 
É apenas um avô, isso sim. No final do texto verão a idade dele.
Creio que o "arrazoado" de respostas que dá quando questionado pelo seu neto, não é recente, de qualquer maneira nunca o tinha lido e o seu conteúdo faz realmente pensar. Especialmente os mais distraídos...
O estimado leitor, se já o conhece, passe adiante, não ligue.
Se por acaso não leu e/ou não conhece, aconselho a que perca um ou dois minutinhos a ler o conteúdo.
É espantoso como estas últimas décadas têm sido pródigas em mudanças. Uma velocidade espantosa.
Atrever-me-ia a dizer que o que serve para hoje pode já não servir para amanhã.
Teremos por isso de nos esforçar por uma adaptação permanente a tão rápidas transformações, avanços, mudanças.
Como que nos é exigido um "upload" de atualizações das coisas da vida pessoal e coletiva, tal como fazem os computadores para os seus programas.
A consequência trágica de não fazermos essas atualizações permanentes, que são muitas e diversas, poderá designar-se em linguagem metafórica por uma espécie de "perda do comboio da vida".
Ora leiam:

António Esperança Pereira



Texto: O Avô e o Neto


Então, de repente, o neto perguntou:

- Quantos anos tem, avô?

E o avô respondeu:

- Bem, deixa-me pensar um momento...

Nasci antes da televisão, e já crescidinho apareceu, com um único canal e a preto e branco.

Nasci antes das vacinas contra a poliomielite, das comidas congeladas, da fotocopiadora, das lentes de contacto e da pílula anticoncepcional.


Não existiam os radares, os cartões de crédito, o raio laser nem os patins on-line.

Não se tinha inventado o ar condicionado, as máquinas de lavar e secar, (as roupas secavam ao vento) e frigoríficos quase ninguém tinha.


Pouca gente tinha automóvel ( contavam-se pelos dedos ) e não havia semáforos por não serem precisos.

O homem nem tinha chegado à lua.

A tua avó e eu casámos e só depois vivemos juntos e em cada família havia um pai e uma mãe.

"Gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.

Das "lésbicas nunca tínhamos ouvido falar e os rapazes não usavam "piercings."

Nasci antes das duplas carreiras universitárias e das terapias de grupo.

Não havia computador, comunicávamos através de cartas, postais e telegramas.


"Mails, chats e Messenger", não existiam. Computadores portáteis ou Internet nem em sonhos...

Estudávamos só por livros e consultávamos enciclopédias e dicionários.

Chamava-se a cada polícia e a cada homem "senhor" e a cada mulher "senhora".

Nos meus tempos a virgindade não produzia cancro.

As nossas vidas eram governadas pelos 10 mandamentos e bom juízo.


Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal e a ser responsáveis pelos nossos actos.

Acreditávamos que "comida rápida" era o que comíamos quando estávamos com pressa.

Ter um bom relacionamento, queria dizer dar-se bem com a família e amigos.

Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava as férias juntos.


Ninguém conhecia telefones sem fios e muito menos os telemóveis.

Nunca tínhamos ouvido falar de música estereofónica, rádios FM, Fitas, cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever eléctricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis).


"Notebook" era um livro de anotações.

"Ficar" dizia-se quando pessoas ficavam juntas como bons amigos.

Aos relógios dava-se corda todos os dias, mesmo aos de pulso.

Não existia nada digital, nem os relógios nem os indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.

Falando de máquinas, não existiam as cafeteiras eléctricas, ferros de passar eléctricos, os fornos microondas nem os rádios-relógios despertadores. Para não falar dos vídeos ou VHF, ou das máquinas de filmar minúsculas de hoje...


As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Eram a branco e preto e a sua revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, a sua revelação era muito cara e demorada.

Se nos artigos lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".

Não se falava de "Pizza Hut" ou "McDonald's", nem de café instantâneo.


Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, os bilhetes de autocarros e os refrigerantes, que se chamavam pirolitos, tudo custava 10 centavos.

No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.


"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia. 
 
- Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho . 

Agora diz-me, quantos anos achas que tenho?

- Meu Deus, Avô! Mais de 200! - disse o neto.

- Não, querido. Tenho 65!

 

 DÁ QUE PENSAR, não?




quinta-feira, outubro 19, 2017

Dicas de poupança e ainda os incêndios


Nosso comentário:

Hoje escolho um tema bem mais leve do que o último post.
Recordo que esse post tratou à minha maneira o tema "INCÊNDIOS" em Portugal. Claro que seria um tema que daria pano para mangas, só que não quero alimentar palavreados desajustados com tons tão díspares e com objetivos tão transviados.
Desde a pergunta sobre quem estará na origem dos fogos, até aos que, perante uma tal catástrofe nacional à vista de todos (forças da natureza descontroladas e nunca vistas, seca prolongada de anos, escassez de meios para tamanhas ocorrências que chegaram a ser mais de 500 num só dia...) conseguem apenas ver neste cenário dantesco, medonho, incendiário, assassino, um egoísta e oportuno motivo para tirar dividendos políticos...
Muito havia para dizer. Mas não digo.
Democracia sim, mas a mesma não pode ser usada para deitar poeira para os olhos aos portugueses e saltar para os altos cargos da nação por dá cá aquela palha, por uma qualquer artimanha, desta feita à pala de uma razão mórbida de baixo oportunismo.
Haja vergonha meus senhores.
E não digo mais nada sobre o tema, peço desculpa por mais um pequeno desabafo.
Afinal, como dissera acima, queria apenas partilhar umas dicas simples de poupança publicadas na Newsletter da minha companhia de seguros.
Aí vão:

Dicas para diminuir os seus gastos:

Pensamos muitas vezes em diminuir os gastos, mas não arranjamos uma forma eficaz de o fazer. Damos-lhe algumas dicas de como o fazer. Mesmo que não consiga fazer tudo, se fizer uma parte já será uma boa ajuda:
  1. Se vai de carro para o trabalho, comece a partilhar a sua boleia e dividam entre todos as despesas. Nesta ação já irá começar a ver uma poupança substancial.

  2. Ao utilizar o carro diariamente verifique o ar dos pneus do seu veículo. Esta é uma medida que o pode fazer poupar bastante combustível.

  3. Se possui empréstimos, tente renegociar o valor do mesmo. Por vezes uma simples conversa pode ajudar.

  4. Durante todo o ano guardamos coisas que já não precisamos. Ganhe espaço e dinheiro ao vender os bens de que já não precisa. Atualmente existem diversos sites de vendas online.

  5. Verifique que tipo de lâmpadas tem em casa. Utilize lâmpadas económicas e comece a poupar na sua fatura da luz.

  6. Verifique os gastos fixos que tem durante o mês e certifique-se dos que precisa mesmo. Os que não são essenciais cancele-os, sempre é mais dinheiro que poupa.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


terça-feira, outubro 17, 2017

Incêndios: O mediatismo da desgraça


Nosso comentário:


Tudo manda palpites num cenário horrendo que nos tem sido dado contemplar nestes últimos dias.
As televisões como é seu timbre procuram o sensacionalismo, chamar as atenções custe o que custar, doa  a quém doer. Têm repórteres, apresentadores, comentadores, também hábeis aproveitadores da desgraça alheia.
Querem mortos. Mais mortos.
Quem vai dar atenção a um incêndio, a um ataque terrorista com um morto? uns feridos ligeiros? vá lá, mesmo a meia dúzia de feridos ligeiros e dois ou três mortos? 
Ninguém.
O espetador já está embriagado com a quantidade e o vício da "grande desgraça". Escravo que é dos média, espera atento e ávido que aqueles feridos graves anunciados virem mortos.
O locutor, o comentador, o hábil aproveitador excitam-se. Fazem da tragédia um conjunto de histórias adaptadas aos seus fins em vista. Com dramas horrendos, chocantes, hipnotizam o incauto telespetador que não consegue sair da teia que lhe montaram.
Chegam as atualizações. Alguém dá uma entrevista. Tinham razão. O aumento de mortos aparece a satisfazer a avidez dos vivos que estão já viciados na desgraça.
20, 30, 60, 100 mortos.
Estão a ver? eu não disse? 
Cresce a sede de razão, a ânsia de poder, dos que o têm e dos que o querem ter. Impera a luta pelos dividendos da situação que leva todos, desde os mandaretes, até aos comentadores mais sensatos, passando pelos bufos, desbocados, oportunistas, com hilariantes e intempestivas intervenções nos seus postos de ganha-pão.
Infelizmente, lá fora, no mundo da realidade, das decisões difíceis, no capo de batalha, continuam os mortos a morrer para gáudio dos que deles se servem para ter mais lucros e/ou botar figura e subir na vida.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


sábado, outubro 14, 2017

Baleia de Paul Gadenne



Nota do autor do blog:


É fim de semana, o tempo hoje aqui por Lisboa até está um tanto cinzento.
Assim sendo, e apesar das saudades que o sol sempre nos deixa, pode este ambiente mais outonal ser um convite a uma boa leitura.
Por isso mesmo resolvi partilhar uma novidade literária que recebi.
Trata-se de uma edição da Editora Antígona que nos dá a conhecer a obra-prima de Paul Gadenne-BALEIA.
Para pormenores sobre a mesma, também sobre o autor, convido os estimados leitores do blog a lerem o extenso resumo abaixo que acompanha o lançamento da obra.

Boas leituras,

António Esperança Pereira


Novidade | outubro 2017


BALEIA

Paul Gadenne
TRADUÇÃO José alfaro

Julgáramos ver apenas um animal que dera à costa: contemplávamos um planeta morto.

Publicada por Albert Camus na revista Empédocle em 1949, a obra-prima de Paul Gadenne é um texto fulgurante que, em pouquíssimas páginas, ombreia com os grandes romances. Quando Pierre leva Odile a ver uma baleia branca encalhada na praia, o que pensar daquele monstro belo e hediondo? Monumento do horror e esplendor da guerra? Da impotência e do desespero do homem? Metáfora de um continente em decomposição? Baleia, crónica de um reencontro com o outro e consigo mesmo, é uma pérola agora emergida, um colosso que dá à costa, numa escrita radiante e hipnótica como o fluir e refluir da maré.
Paul Gadenne (1907-1956), novelista, poeta e dramaturgo, estudioso de Proust e colaborador das principais revistas literárias da sua época, foi injustamente esquecido após a sua morte prematura, aos 49 anos, vítima de tuberculose. Passou os últimos vinte anos da sua vida entre sanatórios e quartos alugados no País Basco francês, altura intensa em que escreveu as suas obras mais ambiciosas – como La Plage de Scheveningen (1952), romance sobre o apelo da nostalgia, ou L’Invitation chez les Stirl (1955), revelador das fragilidades e frustrações das relações humanas. Ao longo da sua vida, Paul Gadenne fez da solidão o motor e o tema dos seus textos, construídos com uma excepcional sensibilidade e um singular poder de sugestão.

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quarta-feira, outubro 11, 2017

Espanha, uma nova Jugoslávia?


Nosso comentário:

Tenho sobre os nacionalismos opiniões contraditórias. Se por um lado sou favorável, por outro, nem tanto. Aquela situação da Jugoslávia tocou-me muito. Um Estado importante que era, a República Federativa da Jugoslávia, foi espartilhado em microestados de importância escassa.
Para quê? que ganharam todos eles? é sabido que a união faz a força. Por outro lado, também é certo que a liberdade, quando desejada e conquistada, pode ser o maior bem que uma comunidade pode ter.
Daí que, sendo eu simultaneamente a favor e contra uma tal formação de microestados, tenho a consciência de que um comentário meu mais pormenorizado não ajudaria em nada a melindrosa situação atual de Espanha.
Tenho sim a consciência de que a independência da Catalunha é um golpe imenso no atual Reino de Espanha. 
A agravar as coisas, poderá a onda independentista não se quedar por aqui.
Uma nova Jugoslávia?
Façam o favor de ler o texto e ver o filme publicados no Público.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



No passado dia 1 de Outubro, a Catalunha votou a favor da independência, enfrentando o governo espanhol que declarou o referendo ilegal. A região é uma das 17 comunidades autónomas de Espanha. Com uma população de 7 milhões e meio de pessoas, a região tem a sua própria língua, história e cultura. Foi na segunda metade do século XVI, quando Fernando II de Aragão se casou com Isabel I de Castela, que a Catalunha passou a fazer parte de uma Espanha unificada. O cerco de Barcelona em 1714 aboliu a soberania da região. A Catalunha foi forçada a adotar a língua e os costumes de Castela. Quando a Espanha se tornou uma República, em 1931, a região voltou a conquistar a autonomia. Mas perdeu-a novamente com a ditadura franquista. A morte do general Franco restaurou a democracia, e permitiu à Catalunha ter o seu próprio parlamento, força policial e sistema de educação.  A autonomia conquistada não acalmou a ambição dos catalães, descontentes com o governo central. A Catalunha é a região mais rica de Espanha. Representa 20% do PIB nacional. Os cortes orçamentais durante a crise financeira de 2008 e o aumento de impostos contribuíram para agravar o descontentamento e aumentar a força do movimento separatista.


domingo, outubro 08, 2017

O Rococó e os prazeres da vida





Nosso comentário:

Aí está mais um textinho informativo que sempre nos ajuda a relembrar ou a aprender algo. Neste caso trata-se de um estilo artístico que surgiu em França após o reinado de Luís XVI, o Rococó, que também conhecemos em outros campos artísticos como estilo Barroco.
Vale a pena ler as palavrinhas sucintas que partilho mais abaixo sobre aquela que foi apelidada como "A arte da contrarreforma".
Fiquem bem,

António Esperança Pereira




Rococó

A palavra Rococó é originária do termo francês "rocaille" (concha)
O rococó foi um estilo artístico francês que surgiu em França após o reinado de Luís XIV.
O rococó foi um desdobramento do Barroco.
O Barroco estava ligado à religião. O Rococó retratava a vida profana da aristocracia utilizando:
cenas eróticas, pastorais e até mitológicas.
Procurava mostrar a alegria e os prazeres da vida.
As cores utilizadas na arquitetura e pintura passaram a ser mais claras, tons "pasteis". Os edifícios tornaram-se mais claros pois a luz entrava com facilidade.
A ideologia do Barroco é fornecida pela Contrarreforma. Em nenhuma outra época se produziu tamanha quantidade de igrejas, capelas, estátuas de santos e monumentos sepulcrais. As obras de arte deviam falar aos fiéis com a maior eficácia possível, mas em momento algum descer até eles. A arte barroca tinha que convencer, conquistar e impor admiração.
O homem barroco assume consciência integral no que se refere à fugacidade da vida humana (efemeridade): o tempo, veloz e avassalador, tudo destrói em sua passagem. Por outro lado, diante das coisas transitórias (instabilidade), surge a contradição: vivê-las, antes que terminem, ou renunciar ao passageiro e entregar-se à eternidade?               
O estilo barroco apresenta forma conturbada, decorrente da tensão causada pela oposição entre os princípios renascentistas e a ética cristã. Daí a frequente utilização de antíteses, paradoxos e inversões, estabelecendo uma forma contraditória, dilemática. Além disso, a utilização de interrogações revela as incertezas do homem barroco frente ao seu período e a inversão de frases a sua tentativa na conciliação dos elementos opostos.

sexta-feira, outubro 06, 2017

Anedota, rir faz bem!



Nosso comentário:

Havia muito tempo já que não vasculhava uma série de papéis arrumados em prateleiras do passado.
Confesso que a intenção que me levara a vasculhar essas prateleiras não tinha nada a ver com o que realmente aconteceu.
Pois eis que, antes de chegar ao objetivo visado (uns textos sérios sobre a guerra colonial) dei com uma pasta repleta de anedotas.
Anedotas essas que não relia havia muito tempo.
Bom, como podem imaginar, larguei a rir só de passar os olhos pelas primeiras.
Assim sendo, surpreendido e agradado, fiquei pelas anedotas e não vasculhei mais.
Buscaria em outra ocasião os textos sérios da guerra colonial.
Ah, já agora acrescento, que foi de tal maneira divertido reler estas anedotas que alegraram os meus tempos de antanho, que fiquei a cismar fazer uma edição de "livro" com uma compilação das ditas anedotas. 
Vou pensar no assunto.
Para já deixo um cheirinho abaixo, com a escolha de uma dessas anedotas, que deve ter divertido muitos dos leitores.
É do célebre e imprevisível "Menino Carlinhos"

Fiquem bem,

António Esperança Pereira





quarta-feira, outubro 04, 2017

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades


Nosso comentário:

Aí está um documento que, apesar da sua simplicidade, mostra bem a evolução dos tempos.
Agora é assim, logo será de outra forma, amanhã de outra, e assim sucessivamente.
Tudo muda, tudo se transforma. 
Daí que nos sintamos incomodados tantas vezes com a resistência à mudança, ao óbvio, ao que simplesmente é.
Não queremos que as coisas sejam como são. Resistimos. Temos esse direito evidentemente. Só que ao fazer isso, nem reparamos que perdemos o comboio.
Não se pode ficar lá atrás. Há que deitar mão a um esforço de adaptação quase permanente que nos ajude a permanecer no sítio da vida. 
O antigamente não vai a lado nenhum, já foi. Só que muitos de nós nos agarramos ao passado como se ele fosse efetivamente um tempo vida do presente.
E não é.
Mas não quero maçar com mais delongas sobre o tema.
Lembrei-me tão só de debitar algumas palavras ao correr da pena sobre a resistência "ao que é", por ter lido umas palavras de Cavaco Silva na imprensa.
Já não bastava Cavaco Silva ter saído de funções como saiu...não poderia agora ao menos poupar os portugueses a "bocas" de quem não está neste sítio da vida?
Só quem não quer ver a realidade teima em não aceitar o veredicto dos tempos.
Como diz a canção "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"...

PS. Para ilustrar o que digo, acham que era possível em 2017 redigir-se o contrato que partilho?

Desejo um ótimo feriado do 5 de Outubro (Implantação da República) aos portugueses. Aos outros...aquele abraço!

António Esperança Pereira



domingo, outubro 01, 2017

Os "vivos atuais" e as gerações

Foto retirada da Internet 
Nota do autor do blog:

Notas interessantes que me foram enviadas sobre as nomenclaturas de algumas gerações dos últimos tempos.
Se alguma coisa faz bem a todos nós é "manter-mo-nos atualizados o mais possível até o mais tarde possível".
De maneira que, estas notas que hoje partilho se enquadram na perfeição no que acabo de dizer.
A atualização permanente do nosso conhecimento é sempre aconselhável, ou seja, tem que haver a preocupação constante e também a ousadia de acompanhar o presente.
O passado é importante, é a base de tudo o que agora se está a passar, sem dúvida. Mas, ficar nele, apenas nele, não chega nem é saudável. 
Afinal de contas todos os "vivos atuais", independentemente da idade de cada um, se encontram neste preciso momento no tempo/vida a que chamamos "Presente".
Por isso mesmo, por a realidade atual se chamar "Presente", há uma obrigatoriedade de acompanhá-lo, de estar nele, não nos metermos numa redoma de cristal onde nos arriscamos a ficar desatualizados, sozinhos, casmurros, ultrapassados.

PS. Deixo abaixo as tais notas interessantes sobre gerações.



António Esperança Pereira



Geração Baby Boomer   1946-1964
Idealistas, grandes consumidores,  suportes da economia, mas quase na reforma

Geração X 1965-1979
Primeira geração que vive pior que os pais.
elevados níveis de ansiedade. Foram os yuppies do final dos anos 80
geração do computador pessoal e nascimento da internet.
Os X são filhos da democracia, da pílula, da libertação da mulher do seu tradicional papel de 
"fada do lar"

Geração Y Millennialis  1980-1996
Multiculturais, tolerantes (geração EU) Selfies  vivem em casa dos pais até mais tarde (nem-nem) nem estudam nem trabalham racionais, menos fieis às marcas preferem a experiência à posse

Geração Z 1997-2012
as nossas crianças e os nossos adolescentes são siameses das tecnologias. Comunicam através de imagens e símbolos
era dos "emojis". É a geração multitasking...mais certinhos, menos drogas menos gravidezes na adolescência.

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...