quinta-feira, setembro 29, 2016

É bem possível que seja burro!


Nosso comentário:


Aí está uma frase com a sua piada especialmente se estiver pendurada e bem visível no seu local de trabalho...
Convenhamos, o conteúdo tem o seu quê de  verdade, não tem?
Oxalá gostem.
Eu gostei e achei imensa piada quando li.




Fiquem bem,

António Esperança Pereira

terça-feira, setembro 27, 2016

Contrato de Professores de 1923


Nosso comentário:

Sem dúvida alguma outros tempos, outras mentalidades.
Vale a pena ler.
Recebi via email este interessantíssimo contrato de uma Professora datado de 1923.
Tem imensa piada o acento tónico que à época era dado à moral e bons costumes, se assim se pode dizer.
Era mais importante a senhora professora (senhorita) ser uma boa rapariga, bem comportada e com conduta social irrepreensível do que apelar-se ao seu mérito profissional, por exemplo.
Bom, mas vale a pena ler, pois, em comparação com os tempos de hoje, menos de um século volvido, há umas diferençazitas do caraças!

Fiquem bem,

António Esperança Pereira




domingo, setembro 25, 2016

Dicas e mais dicas!


Nosso comentário:

É um facto que hoje as nossas vidas estão cheias de dicas, seja para o bem seja para o mal.
Há dicas para tudo.
Há peritos e peritas em tudo o que é atividade humana. 
Desde o que devemos comer e o que não devemos, o que é aconselhado vestir em determinada ocasião e o que não é, o detergente que é nocivo à saúde e o que não é, em suma: o que nos faz bem, o que nos faz mal, o que nos emagrece, o que nos põe bonitos, o que nos engorda, o que nos faz mais fortes, mais inteligentes, mais, mais, mais...
Só que, no meio de um mar de conselhos, tantas das vezes contraditórios, é comum o incauto cidadão ficar baralhado.
O que uns dizem ser bom, logo outros dizem que não é.
E cogitamos de nós para nós: mas afinal de contas em que ficamos? o que é que é bom afinal? o que nos faz bem? o que nos faz mal?
Será explicação suficiente dizer que por detrás de cada tipologia de informação (contraditória) estará um "lóbi"? que tudo é movido por interesses económicos?
Caros leitores, quero crer que alguma razoabilidade haverá na maioria das coisas que nos são aconselhadas, de qualquer maneira, a minha modesta opinião vai no sentido de que, pelo sim pelo não, o próprio é que deve ter a última palavra sobre o que quer e o que não quer. O que gosta e o que não gosta. O que lhe faz bem e o que não lhe faz bem.
Desejo uma ótima semana para todos.

PS. Deixo abaixo umas dicas/conselhos, daqueles que nem fazem bem nem fazem mal. Encontrei-os por aí. Todavia, apesar da simplicidade aparente, este tipo de conselhos podem até, sem o parecerem, ser dos menos nocivos e quantas vezes dos mais úteis.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



Onze coisas que pode (e deve) eliminar da sua casa


É normal que ao longo dos meses e anos vá acumulando coisas de que não precisa em casa, mas para ganhar mais espaço e uma casa mais arrumada e calma há coisas básicas que pode começar já a deitar fora ou oferecer a quem precisa.
Ler os livros da especialista em arrumação Marie Kondo poderá ajudá-lo muito a arrumar a sua casa e a sua vida, mas se está à procura de algo mais leve e rápido pode começar por eliminar os itens que estão nesta lista, elaborada pela revista australiana Home Life:
1. Menus de ‘takeaway’ - pode encontrá-los online;
2. Itens ‘especiais’ que guarda na prateleira do topo dos seus móveis e que nunca utilizou – se nunca utilizou é porque não lhe faz falta e pode ser útil a outra pessoa;
3. Itens repetidos. Precisa mesmo de três raladores? Ou de dois saleiros?
4. Tampas sem panelas ou caixas herméticas sem tampa;
5. Chávenas/canecas desaparelhadas. Ter um conjunto completo de chávenas/canecas é suficiente;
6. Qualquer item que esteja estalado, partido ou sem cor;
7. Utensílios de cozinha que não usa. Se nunca usou a sua liquidificadora ou o seu utensílio para cortar ovos às fatias, livre-se deles;
8. Conjuntos de talheres incompletos. Se tem um conjunto completo e tem mais uns talheres que não combinam, livre-se dos últimos;
9. Sacos de plástico. Se tem muitos em casa e não os usa aproveite-os para transportar algumas roupas que já não lhe servem ou de que não gosta e doe tudo a alguma instituição perto da sua casa;
10. Manuais de instruções. Se não estão disponíveis online, tire-lhes fotografias e guarde-os em formato digital – sem ocupar espaço nem acumular pó;
11. Recipientes para fazer gelo que estejam a ocupar demasiado espaço no seu congelador.

sexta-feira, setembro 23, 2016

Festival da Marmelada/Odivelas



Nosso comentário:

Tendo tido conhecimento das manifestações festivas de Odivelas e dado que morei nessa urbe dos arredores de Lisboa por cerca de duas décadas nem hesitei em divulgar as festividades.
A Odivelas liga-me muita coisa.
Sobretudo, e isso nunca o esquecerei, o facto de ter sido por lá que nasceram e cresceram os meus filhos.
Foi por lá que vivi o tempo do pós 25 de Abril de 1974, que participei, com a liberdade e democracia então recuperadas, em diversos atos eleitorais fazendo parte das mesas de voto.
Foi por lá que fiz tanta coisa, que me aconteceu tanta coisa, que seria impossível descrever num curto espaço em branco sequer um pequeno resumo de tudo.
Por isso, e também porque muitas vezes as grandes e populosas localidades suburbanas (caso de Odivelas) são subestimadas face à opulência e magnitude da grande capital...
tive uma sensação boa ao escrever estas poucas palavras a ela dedicadas.
Em boa verdade, devo muito da pessoa que sou a Odivelas.

Quanto às festividades:

Integrado na Feira Setecentista, o Festival da Marmelada Branca de Odivelas e Doçaria Conventual e Tradicional dinamiza o centro histórico, entre hoje e domingo, com muita música, animação, gastronomia e diversos "Stands".
Durante três dias, vão continuar a realizar-se as visitas ao Mosteiro de S. Dinis.
Da programação destaca-se a atuação da cantora Ana Duarte, amanhã, e o concerto de Quim Barreiros, no último dia do festival.
A marmelada branca de Odivelas é um doce conventual produzido durante séculos no Mosteiro S. Dinis pelas freiras Bernardas.
Foi D. Carolina Augusta de Castro e Silva a última freira do convento, quem passou este testemunho à sociedade civil.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


quarta-feira, setembro 21, 2016

Reparo à Câmara Municipal de Portimão





Habituei-me a apreciar e até elogiar muito do trabalho da C.M.P. que me era dado presenciar na cidade de Portimão e arredores.
Reparava em particular numa atitude moderna e ambientalista que me agradava. Essa atitude traduzia-se não só na implementação de medidas amigas do ambiente, mas também numa preocupação de informar o cidadão sobre as mesmas.
Em qualquer panfleto, num simples extrato de conta, era possível ler assuntos diversificados, bem interessantes e formativos sobre matérias inovadoras e amigas do ambiente.
Sempre reparava nisso e sempre comentava isso.
Ora bem, neste último fim de semana, estava eu na Praia da Rocha/Portimão em curta estadia, e fui confrontado com uma notícia de um amigo.
O mesmo tentara encontrar a morada que lhe dera para me visitar caso por lá passasse, mas logo me disse que não conseguira dar com a morada.
Acredito que não tenha procurado o bastante, a vida agora é demasiado apressada para todos,  mas de passagem para a praia, reparei na placa sinalizadora da avenida São Lourenço da Barrosa que não estava nas melhores condições de leitura.
Aqui fica a chamada de atenção para, se der jeito e quando puderem, darem umas pinceladas na dita placa. Creio que o sítio (zona da fonte e repuxo) merece e a antiga "Avenida V 6" também.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



segunda-feira, setembro 19, 2016

O meu postal de fim de semana!








Vista da Praia do Amado, que faz parte do conjunto de praias junto à cidade de Portimão/Algarve





Muito bom tempo no Algarve este fim de semana.
Isto, apesar de estarmos já a entrar na segunda quinzena de Setembro, por conseguinte, com o Outono à porta.
Um sol magnífico, um azul celeste de encantar, um mar sereno a convidar mais e mais tempo junto dele.
Havia bastante gente, quer nacionais quer estrangeiros, o que fazia esquecer o facto de já terem começado as aulas, que a maioria das pessoas já tinham regressado ao trabalho, em suma, que as férias, ditas grandes, haviam terminado.
Sinceramente, ninguém diria!!!



Fiquem bem,

António Esperança Pereira




quinta-feira, setembro 15, 2016

Dicas para poupar combustível


Nosso comentário:

Para o condutor exímio e informado estas dicas não me parecem nada do outro mundo.
De qualquer maneira elas foram-me remetidas pela companhia de seguros do meu automóvel, pelo que há que respeitar quem sabe e quem tem a simpatia de informar o incauto condutor.
Ou seja, trata-se de dicas bem simples, só que a nossa desatenção por vezes se esquece delas mesmo tendo delas conhecimento.
E num tempo em que os acidentes rodoviários se tornaram um flagelo, nunca é demais reler estas breves dicas mantendo-se assim a mente desperta para pequenas coisas que por vezes são tão importantes numa melhor e mais segura condução.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



Oito dicas para uma condução eficiente e para poupar no combustível


Cada vez é mais importante conseguirmos ter uma condução eficiente e, se possível, económica. Deixamos-lhe 8 dicas para o conseguir:
  1. Ligue o motor do seu veículo, apenas quando for iniciar a marcha e utilize sempre a primeira mudança nestas situações. Atualmente já não é necessário aguardarmos que o motor do veículo aqueça para o colocarmos em andamento.
  2. Evite acelerações desnecessárias de modo a evitar gastos de energia.
  3. Na condução, utilize rotações mais baixas para diminuir o consumo. Para isso deverá utilizar mudanças altas e velocidades moderadas.
  4. Deve verificar, uma vez por mês, a pressão dos seus pneus, evitando consumos provocados pela baixa pressão dos mesmos. A elevada pressão dos pneus pode provocar uma menor aderência ao piso e levar a uma condução menos controlada.
  5. Verifique se tem objetos desnecessários no seu veículo. Quanto mais peso transportar, mais aumenta o consumo de combustível do veículo.
  6. Respeite sempre todas as revisões e manutenções do seu veículo. Não está só a prevenir a sua segurança, mas também, a evitar despesas posteriores de custo mais elevado.
  7. No caso de conduzir em descidas, aproveite o embalo da descida, mas, por questões de segurança, mantenha sempre uma mudança engrenada. Ao longo da descida trave e reduza a velocidade sempre que seja necessário.
  8. No caso de conduzir em subidas deve tentar manter a mudança alta e, se necessário, carregar um pouco mais no acelerador. Para uma melhor condução e um menor gasto de combustível, deve manter a velocidade alta (em segurança e respeitando os limites de velocidade) e o acelerador pisado a meio.

segunda-feira, setembro 12, 2016

Seres enormes nas costas dos Açores!


Nosso comentário:


Mais um mail interessante que recebi e, como o saber não ocupa lugar, fica bem divulgar estas curiosidades pelos estimados leitores.
Muitos certamente já saberão o que são PYROSOMAS, outros talvez não.
Eu sinceramente nunca tinha ouvido falar em tais seres que habitam as profundezas dos oceanos. Porém, depois de ler este mail que me foi gentilmente endereçado, passei a saber, o que mudou completamente a minha ignorância quanto ao assunto.
Confira aí estimado leitor a existência desses "SERES" até porque, ao que parece, já é frequente o seu aparecimento nas costas dos Açores.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



Sabe o que é um Pyrosoma?

São seres estranhos. Têm a forma de um tubo, o corpo gelatinoso e podem chegar aos oito metros. Os pyrosomas habitam as profundezas do oceano, mas estão a aparecer cada vez com mais frequência perto da costa, nos Açores.
Apesar do seu aspeto assustador são inofensivos. Os pyrosomas alimentam-se de plâncton e servem de alimento a tartarugas entre outras espécies marinhas. Sabe-se que estes gigantes são constituídos por colónias de pólipos, pequenos organismos marinhos que se alojam nas suas paredes transparentes, semelhantes a tubos insuflados. Não se conhecem estudos científicos sobre esta estranha espécie, por isso a sua regular aparição nas costas açorianas já levou uma equipa de cientistas internacional a organizar-se para desvendar a sua natureza e perceber a razão das suas recentes derivas por águas superficiais.
A Universidade dos Açores, através do seu departamento de Biologia Marinha está, naturalmente, associada à investigação.


sábado, setembro 10, 2016

D. Maria II, o Teatro e Isabel Stilwell


Nosso comentário:

Pela simples razão de cá por casa se andar a ler um livro intitulado "D.MARIA II", da autoria da escritora portuguesa Isabel Stilwell, lembrei-me de evocar o teatro lisboeta que tem o nome dessa "rainha menina" Maria da Glória, depois Maria II de Portugal:
O Teatro D. Maria II.
A "rainha menina" Maria da Glória, como fora designada em pequena a futura D. Maria II, nasceu no Rio de Janeiro e era filha de D. Pedro IV, rei de Portugal e Imperador do Brasil.
A pequena Maria da Glória (futura rainha D. Maria II) nascera no Rio de Janeiro por força de circunstâncias políticas da altura, sendo, assim se pode dizer, rainha de Portugal sem conhecer o seu reino.
No Brasil vivera os seus primeiros anos, tendo depois partido para Viena de Áustria, a fim de ser educada pelos avós.
De passagem por Londres tornara-se amiga íntima de Vitória, futura rainha de Inglaterra. Essa amizade era tal, que ambas trocavam cartas quase diárias.
Entre muitas outras coisas, unia-as o gosto pelas artes: teatro, música, ópera, etc.
Pode pois inferir-se daqui, desse gosto pelas artes, a razão pela qual se deu o seu nome a tão célebre teatro.
Com este pequeno introito, divulgo uma notícia atual bem interessante que diz respeito ao Teatro D. Maria II, sito em pleno centro de Lisboa.
Apenas acrescentaria, ante o que leio abaixo, que o mesmo parece estar de boa saúde e recomendar-se.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


Nova temporada do Teatro D. Maria II é "encontro de vontades"

A nova temporada do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, desenhada com base num "encontro de vontades", começa hoje, com a apresentação da peça "O pato selvagem", de Henrik Ibsen, com encenação de Tiago Guedes.


Contactado pela agência Lusa sobre a abertura da temporada 2016/2017 do Nacional D. Maria, o diretor artístico, Tiago Rodrigues, sublinhou que resulta do "diálogo entre o que está a acontecer no teatro português, o que as companhias e artistas estão a desenvolver, e aquilo que é a missão do Teatro Nacional".
"A missão do Teatro Nacional exige que seja uma casa onde se apresentam trabalhos a partir de grandes textos da dramaturgia universal, e que seja de alguma forma uma biblioteca viva do teatro", salientou o responsável.
De acordo com o diretor artístico, nessa linha, foram escolhidos, na cena portuguesa, artistas e companhias com a preocupação e desejo de apresentar textos universais, como é o caso da peça que abre a temporada.
'O Pato Selvagem', de Henrik Ibsen, segundo o responsável, só foi apresentada profissionalmente uma vez, em Portugal, também no Teatro D. Maria II, há 116 anos, em 1900, alguns anos depois da estreia, na Noruega.
"Apesar de ter mais de cem anos, é um texto que ainda não está suficientemente divulgado no nosso país, embora seja uma obra canónica do teatro ocidental", sublinhou Tiago Rodrigues à Lusa.
Destacou também, neste trimestre da nova temporada, 'As criadas', de Jean Genet, numa encenação de Marco Martins, com as atrizes Sara Carinhas, Luísa Cruz e Beatriz Batarda, "um elenco notável à volta de um texto fundamental do teatro do século XX europeu, e que nos interpela ainda hoje".
Apontou ainda, ao longo da temporada, já em 2017, um trabalho de Marlene Monteiro de Freitas, uma coreógrafa que pela primeira vez trabalha a partir do texto, e que escolheu 'As bacantes', tragédia grega do dramaturgo Eurípides, "obra matriz da dramaturgia universal, olhada por quem vem da dança".
Este trabalho - resultado de uma coprodução internacional -- tem estreia em Lisboa e depois irá ser apresentado noutros países da Europa.
O diretor artístico sublinhou ainda a promoção da dramaturgia portuguesa, através da aposta em companhias que trabalham com autores portugueses, como uma oficina criativa, ao longo de mais de seis meses, na qual o encenador Jorge Silva Melo vai partilhar a sua experiência com novos dramaturgos, ao mesmo tempo que criará uma nova obra.
Outros projetos vão passar pelo trabalho de captação de novos públicos, e de levar o D. Maria II para fora da cidade, em digressão nacional e internacional, com três espetáculos previstos em cada uma de três cidades: Vila Real, Sardoal e Funchal.
A temporada abre na sexta-feira com três dias seguidos de iniciativas, sob o mote "Entrada Livre", definidos pelo Teatro Nacional como "uma festa do pensamento", para celebrar "o reencontro com o público".
A iniciativa faz parte do programa 'Lisboa na Rua', organizado pela empresa municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC).

quarta-feira, setembro 07, 2016

Muita qualidade na rentrée da Antígona


NOVIDADES | RENTRÉE 2016

A Máquina do Tempo

H. G. WELLS

(ROMANCE)

 

tradução Tânia Ganho 
prefácio Manuel Portela 
Setembro


O clássico de H. G. Wells, numa nova tradução, e prefaciado por Manuel Portela, entra este ano no catálogo da Antígona. A editora dará continuidade em 2017 à publicação de textos de H. G. Wells, com a obra-prima do autor, Tono-Bungay (1908), fabulosa sátira ao mundo da publicidade e à construção de impérios comerciais, em torno da invenção de um elixir pseudomilagroso. 

Tomás da Fonseca Missionário do Povo
Uma Biografia

 LUÍS FILIPE TORGAL

prefácio Vítor Neto 
Setembro


Primeira biografia de fôlego sobre José Tomás da Fonseca (1877-1968) e o seu tempo, a presente obra analisa a vida polémica desta personalidade de impressionante produção literária e actividade intelectual. Cruzando dois séculos e vários regimes políticos, nela se traça o percurso de Tomás da Fonseca, desde as origens humildes deste ex-seminarista e pedagogo até à sua afirmação como uma referência incontornável do anticlericalismo português, que nos legou Na Cova dos Leões, um dos mais emblemáticos textos subversivos impressos em Portugal durante o salazarismo e que desconstrói as visões e o culto de Fátima.

O Palácio do Riso

GERMÁN MARÍN

(ROMANCE)

 

tradução Helena Pitta
prefácio Roberto Merino
posfácio Júlio Henriques
Outubro


O Palácio do Riso (1995) recria, entre passado e presente, a história da Villa Grimaldi, um dos maiores centros de tortura na Argentina, durante a ditadura de Pinochet, também apodado jocosamente de Palácio do Riso pelos agentes da polícia política. Quando um narrador, nunca nomeado, revisita o edifício, o passado feliz da casa funde-se com um legado de barbárie e com as vivências de quem enfrenta o horror de olhos bem abertos. História de decadência de um país, é uma viagem ao coração de um trauma pela mão experiente de um autor que sempre condenou abertamente a ocultação colectiva de infâmias.

Germán Marín (n. 1935, Santiago do Chile) é autor de um conjunto de obras de grande força e com carácter reconhecidamente polémico. Figura maior das letras chilenas, move-se pela literatura como pela vida: de forma franca e frontal. Passou a adolescência em Buenos Aires e, nos anos 60, regressou ao Chile, onde colaborou activamente com a Quimantú, a editora impulsionada por Allende. O golpe militar de Pinochet obrigou-o a exilar-se no México. Vive no Chile desde 1992 e publicou Fuegos artificialesCírculo Vicioso, entre outras obras.

Kitsch
Um Estudo sobre a Degenerescência da Arte 

FRITZ KARPFEN

(ENSAIO)

 

tradução João Tiago Proença  

Outubro


Ensaio escrito em 1925, este texto é uma das primeiras referências significativas sobre o kitsch, fenómeno que acompanha historicamente, como uma sombra, as vanguardas artísticas. Nesta reflexão inaugural, polémica e com humor, Fritz Karpfen escalpeliza a função dormitiva pequeno-burguesa do kitsch nas suas múltiplas encarnações, que vão do exótico-colonial à arte religiosa, do interior consolador à compensação social generalizada.
 

Pastoralia

 GEORGE SAUNDERS

(CONTOS)

 

tradução e prefácio Rogério Casanova 

Novembro


Frequentemente comparado a David Foster Wallace, e discípulo de Donald Barthelme, George Saunders (n. 1958) teve um trilho sui generis e neo-kerouaciano, que, segundo o prefaciador, «costuma resultar em boas notas biográficas e péssimos saldos bancários», antes de se ter formado em escrita criativa e leccionado na Universidade de Syracuse. Ler George Saunders é mergulhar num mundo de humor idiossincrático, em que as distopias já se concretizaram, e cujas principais vítimas, no entanto, declaram obedientemente a sua vontade em cumprir as regras abstrusas do sistema. Conjunto de contos premiados e publicados na New Yorker, Pastoralia (2000) é puro George Saunders, encerrando o seu registo mais singular e caracterísico, e inclui «Sea Oak», um dos textos mais memoráveis do autor. 

O Tempo dos Assassinos
Um Estudo sobre Rimbaud

HENRY MILLER

(ENSAIO)

 

tradução José Miranda Justo 

Setembro


Depois da publicação d’Os Livros da Minha Vida, a Antígona recupera O Tempo dos Assassinos (1946), de Henry Miller, livro esgotado há vários anos em Portugal. Mais do que uma biografia ou estudo literário sobre um dos maiores poetas franceses, este ensaio é um capítulo fascinante da própria autobiografia espiritual de Henry Miller. Elegendo Rimbaud como o profeta do colapso, o sábio de Big Sur disserta magistralmente sobre o papel do poeta e do artista numa civilização doente e sobre as suas contrariedades e provações, num exercício de condenação de todos os sistemas que sufocam os instintos vitais do homem.

O Direito à Preguiça

PAUL LAFARGUE

 (ENSAIO)

 

tradução José Alfaro 
Outubro


Crítica à «estranha» loucura que se apoderou do homem e da sociedade moderna, e que dá pelo nome de «amor ao trabalho», O Direito à Preguiça (1880) é um panfleto clássico, escrito por Paul Lafargue, genro de Karl Marx. Combinando argúcia e humor, este ensaio conserva toda a sua actualidade e relembra-nos de que, numa era em que tempo é dinheiro e em que o trabalho «mata as faculdades mais belas do homem», o direito à preguiça e ao uso do tempo a nosso bel-prazer são liberdades fundamentais  do ser humano.

Conta-me Uma Adivinha 

 TILLIE OLSEN

(CONTOS)

 

tradução Manuela Gomes 
posfácio Diana V. Almeida  

Outubro


Conta-me Uma Adivinha (1961) reúne quatro dos melhores contos de Tillie Olsen, revelando a voz de uma América que tivera pouca expressão até então: «Estou aqui a engomar» dá voz a uma mãe preocupada, que realiza tarefas domésticas; «Eh, marujo, que navio?» relata o progressivo isolamento de um homem embarcado, cada vez mais perdido no álcool; «Oh, sim» debruça-se sobre o racismo na sociedade negra; e o conto que dá nome à colectânea, «Conta-me Uma Adivinha», acompanha o declínio físico de uma matriarca.

Tillie Olsen (1912-2007), activista e prestigiada escritora norte-americana, ganhou notoriedade na década de 1930, tendo publicado textos na New Republic e na Partisan Review. Espírito rebelde, denunciou na sua obra a dureza das condições de vida das classes obreiras, celebrando, em simultâneo, a esperança na mudança. Sempre cultivou a escrita literária num quotidiano exigente e atribulado, e o activismo político dos primeiros anos nunca esmoreceu.

Contos Escolhidos

ZAMIATINE

 

tradução Nina Guerra e Filipe Guerra  

Novembro


Contos Escolhidos é precedido de «Carta a Estaline», texto breve mas elucidativo da vida de um escritor durante a ditadura opressiva de Estaline, no qual Zamiatine pede autorização para se ausentar do país e regressar apenas «quando for possível servir, na literatura, as grandes ideias sem se ter de obsequiar pessoas insignificantes». Contos Escolhidos inclui um punhado dos melhores contos do autor da pioneira distopia Nós, ordenados cronologicamente, entre os quais «O Dragão», O Norte, «O Xis», «A Caverna» e «Inundação», textos que nos permitem apreciar a magnífica prosa de Zamiatine, em toda a sua profundidade e riqueza. 

Políticas da Inimizade

 ACHILLE MBEMBE

(ENSAIO)

 

tradução Marta Lança 

Novembro


Depois de Crítica da Razão Negra, Achille Mbembe, filósofo e historiador camaronês, professor em universidades dos EUA e na África do Sul, debruça-se neste ensaio sobre a inimizade – que se amplia sem cessar e que se reconfigura à escala global – como sacramento da nossa época. Reflexão pertinente e actual no contexto de novos movimentos migratórios, do estreitamento do mundo e da brutalidade das fronteiras, Políticas da Inimizade disseca a patologia do racismo, criticando nacionalismos atávicos e propondo os fundamentos de uma nova política da humanidade.
 

 

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Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...