quinta-feira, outubro 15, 2015

Shulz com Costa e opção de esquerda


Nosso comentário:

Talvez surpreenda alguns auto-denominados "esquerdistas" do Partido Socialista de Portugal esta declaração do presidente do Parlamento Europeu.
Por isso mesmo lhe dou o destaque merecido no blog.
É que nos últimos dias, envoltas em nevoeiro, têm surgido declarações extemporâneas, estranhas até, de alguns supostos "esquerdistas" do PS que de esquerdistas só terão a verborreia.
Escuso-me mencionar nomes, mas muita gente atenta a estas coisas já identificou um ou outro a quem assenta como luva o que acabo de afirmar.
Ora, por estas e por outras, ainda bem que os resultados das eleições foram os que foram. Ainda bem que o PS teve a votação que teve que não lhe dá margem para continuar a fazer de conta. 
Estas eleições colocaram uma pergunta muito concreta a esse importante partido da política portuguesa. Pergunta essa que lhe foi claramente colocada nas urnas pelo voto do povo português:
Partido Socialista és de esquerda ou de direita?
Tal e qual isto.
É uma pergunta difícil de responder, eu sei, a política tem as suas próprias manhas, curvas e contracurvas, mas chega-se a um tempo em que não dá mais para disfarçar. 
Coube a António Costa a ocasião de lhe responder. 
Coube a António Costa esta ocasião única para o PS, única para a esquerda em geral. 
Ora, pertencerá o PS à maioria do arco da governação que dá jeito agora ser enfatizada por Passos Coelho em jeito de bengala, ou pertencerá o PS a uma maioria de esquerda que ora tem condições para formar governo e tirar do poleiro os que para lá foram levados às costas e nas circunstâncias conhecidas?
É o Partido Socialista um partido de gente de bem, fixe, capaz, unida, ou não será mais que um partido ao sabor da corrente, balançando para um lado e para o outro?
Bengala de uma governação que Portugal não quer, ou um partido chave, a espinha dorsal de um Portugal democrático?

PS. Deixo as afirmações do presidente do Parlamento Europeu Martin Shulz

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira



Schulz considera "absolutamente normal" PS buscar aliados à esquerda

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Shulz, considerou hoje "absolutamente normal" que o secretário-geral do PS "tente encontrar aliados à esquerda" para formar governo e admitiu que gostaria de ver o seu "amigo António Costa" tornar-se primeiro-ministro. Questionado sobre a situação política em Portugal, à entrada para uma reunião do Partido Socialista Europeu, família à qual pertence, Schulz considerou "absolutamente normal que o presidente de um partido da esquerda tente encontrar aliados à esquerda", mas admitiu que neste momento é muito difícil em Portugal a formação de um governo, "tanto para o governo cessante como para o PS".

"Não cabe ao presidente do Parlamento Europeu intervir, mas julgo que é compreensível que eu deseje que o meu amigo António Costa se torne primeiro-ministro", concluiu o político alemão.
António Costa participa na reunião dos Socialistas Europeus que antecede a cimeira de chefes de Estado e de Governo, enquanto o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, participa na reunião do Partido Popular Europeu (PPE), antes de participar, como primeiro-ministro em exercício, no Conselho Europeu.
Também a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, se encontra em Bruxelas, para vários encontros, entre os quais com a presidente do Grupo da Esquerda Unitária, Gabriele Zimmer, e com o líder do Syriza e primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.


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