Quanto mais tento manter-me informado e actualizado sobre a situação política da Europa actual, mais desinformado fico.
Oxalá seja só eu, pois se assim for, tudo estará a correr bem e assente em sólidos carris, eu é que estarei a ouvir e a ver mal o que ouço e o que vejo.
Hoje para espanto meu, vi, talvez pela primeira vez na televisão comentaristas supostamente conservadores e até tradicionalmente motivados com estas andanças hiper liberais dos últimos tempos, dizerem mais ou menos aquilo que eu digo e que penso.
Achei estranho mas, mais uma vez ou eu estou a ouvir e a ver mal e tudo estará a correr bem e assente em sólidos carris, ou, se estou a ouvir e a ver bem, já parecem poucos os que acreditam que a Europa que entusiasmou muita gente, tal como foi concebida e engendrada, conseguirá prosseguir por muito mais tempo.
Como se não bastasse a novela "Grécia", hoje a "bomba" por estas bandas europeias, foi sem dúvida a afirmação do Presidente francês, François Hollande sobre a criação de uma espécie de núcleo duro europeu.
Tanto quanto percebi do conteúdo e análise dessa afirmação, seriam seis os países e não só a Alemanha com ou sem França, como já nos vinham habituando de há uns tempos a esta parte a "colonizarem" a Europa.
Parece que poderia caminhar-se para um parlamento europeu onde teriam assento, para além dos três países da BENELUX (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) a Alemanha, a França e a Itália. Um equilíbrio dir-se-ia mais ou menos demográfico, atendendo às populações dos países em questão. A França e Itália somariam 120 milhões de habitantes, mais coisa menos coisa, a Alemanha e Benelux, uns cento e picos milhões também.
A França com a Itália, resolveria o seu problema de se sentir mal a sós com a Alemanha, esta por sua vez não teria do seu lado os países bálticos tão dos seu agrado, mas ficaria também em boa companhia.
Mas vamos esperar as cenas dos próximos capítulos. Oxalá que o surrealismo não impere e que ao menos consigamos um dia destes dizer uns aos outros o que queremos, como europeus de direito e de facto que todos somos.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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