sexta-feira, julho 31, 2015

Árbitros, futebol, política e televisão



Passeio-me no televisor após o jantar.

Canais não faltam, a coragem da escolha é que nem sempre ajuda.
Por isso mesmo aí estou eu no dia a dia, à mesma hora, no mesmo sítio, nos mesmos canais, a levar com mais do mesmo.
E faço-o apesar de vir afirmando para mim próprio vezes sem conta que não estaria mais ali a ver aquilo, que tinha que evoluir e ser mais seletivo nas escolhas televisivas.
Falo sempre isto para mim mesmo, mas até hoje ainda não consegui mudar a cassete.
Vejo este debate, aborreço-me com a temática ou com o confronto murcho que vejo, mudo de canal. Há outros figurantes, tento descortinar se o assunto é menos fastidioso que o anterior, consigo perceber cedo as intenções e até o caminho que as palavras vão seguir, desisto por desinteresse ou até enjoo na adivinhação do paleio dos visionados.
Tento um canal desportivo, ouço falar da eleição de um ex-árbitro para Presidente da Liga Portuguesa de futebol, vejo ainda o homem eleito, a minha mente ingenuamente interroga-se sobre o que é que um jovem ex-árbitro perceberá da gestão de um organismo que lida com tantos clubes e com realidades tão complexas, parece-me frango demais para o fazer, mas há gente influente que o quer lá, desisto, mudo de canal.
Levo com mais desporto ao fugir da política; transferências de jogadores, o tema quase unânime em amplos e acalorados debates. Um jogador que fora vendido para um país árabe, outro emprestado, outro posto de lado à espera de mercado, outro a braços com uma lesão, outro acabadinho de comprar com apenas 19 anos, uma pechincha, no dizer dos comentadores. 
Tudo se discute ao pormenor e em animação tal que as feiras que me habituei a frequentar em pequeno, na região onde cresci, ao pé desta animação de elevados cifrões na compra, venda e troca de mercadoria, não passavam então de locais bizarros de pequenos negócios de tostões.
Enfim...termino como quase sempre com um "zapping" e é depois desse "zapping" que deixo o aborrecimento com que me confronto todos os dias nos canais televisivos, e que volto a repetir para mim mesmo que nunca mais quero levar com tal dose.
Digo-o e repito-o sim, montes de vezes, a promessa está no ar, mas a coragem de cumpri-la ainda não chegou.
Sei que aprender a escolher é muito importante. Podemos achar por vezes que é tarde, que temos a cabeça feita assim e assado, que não sabemos viver sem isto ou aquilo, mas é mentira.
Uma boa escolha, seja ela qual for, vale sempre a pena e mais vale tarde que nunca.
Porque, na rotina enraizada nestes nossos hábitos, há tanta coisa escondida em cada um de nós que fica por fazer...

 Fiquem bem,
António Esperança Pereira

quarta-feira, julho 29, 2015

Coreia do Norte "em guerra" com os EUA


Nosso comentário:

Mundo perigoso este em que estamos novamente a viver.
As guerras assumem diversos matizes, ou seja, não estamos apenas perante a clássica situação em que um qualquer país declara guerra a outro, mas sim ante uma panóplia de guerras distintas desenvolvidas com armas diferentes para cada caso, todas elas poderosas e ameaçadoras da paz mundial.
Podem ser armas convencionais, daquelas que disparam e matam. 
Podem ser armas financeiras daquelas que não disparam mas matam à mesma.
Podem ser armas diplomáticas que isolam regiões ou países, com bloqueios, ameaças de sanções, etc.
Podem ser armas judiciais ao serviço do poder, também a comunicação social servindo determinada facção, partido, mandante, etc.
São todavia as mais visíveis as tais guerras que matam mesmo, embora me incline a afirmar que não serão talvez, neste momento, as que matam mais.
Fica para os leitores a reflexão sobre o assunto.
Por hoje limito-me a transcrever, dentro do que afirmei nas primeiras palavras deste comentário, uma notícia relacionada, não com uma "guerra em exercício", dessas que se encontram no estado "bala cá bala lá, morto cá, morto lá", mas de uma guerra que apesar de não existir de facto, a mesma não ficou fechada após o armistício da 2.ª guerra mundial na Península Coreana.
Um facto interessante pela novidade que constitui para muitos de nós. Ou seja, o facto de a Coreia do Norte e os EUA se poderem considerar em guerra segundo a leitura da notícia abaixo.
Um foco de tensão bem preocupante nessa Península Coreana, a somar a tantos outros que proliferam por este mundo que definitivamente ainda não esqueceu as sequelas deixadas pelos Grandes Conflitos do passado.
Enfim, compreende-se a dificuldade de viver em paz umas quantas vezes, mas este estado de guerra e tensão quase generalizados têm que fazer reflectir as sedes de poder efectivo que existem para o efeito.
Porque, fazê-lo só amanhã pode ser tarde demais.

PS. Deixo a notícia que transcrevi da imprensa.

 Fiquem bem,
António Esperança Pereira

Coreia do Norte ameaça 'não deixar um americano vivo'



Um general do exército norte-coreano afirmou, num discurso feito nas comemorações do 62º aniversário do armistício da Guerra da Coreia, que se houvesse mais uma guerra na península coreana “não restariam americanos para assinar tréguas”, conta o The Independent.
Recorde-se que o armistício é comemorado todos os anos como uma vitória da Coreia do Norte sobre a América, que lutou ao lado da Coreia do Sul e com as forças das Nações Unidas contra o exército norte-coreano.
Foi o armistício que terminou com a guerra, sendo, no entanto, mais o estabelecimento de tréguas do que um acordo. Os dois países continuam em conflito.
Kim Jong-un, em comunicado, inflamou ainda mais estas declarações proferidas pelo general, sublinhando o aumento do seu arsenal nuclear.
“Já foi tempo em que os EUA nos ameaçavam com armas nucleares. Agora já não são nenhuma ameaça, nem metem medo, porque nós somos a fonte de medo”, afirmou.

domingo, julho 26, 2015

Merkel cai de cadeira, Passos em festa partidária


Nosso comentário:

Enquanto Ângela Merkel desmaia e cai de uma cadeira ao assistir à ópera Tristão e Isolda, Passos Coelho, seu seguidor e "amigo", participa pela primeira vez na tradicional festa do PSD/Madeira na herdade do Chão da Lagoa, serras do Funchal. 
Esta festa partidária, até aqui habituada à presença do ex-líder madeirense Alberto João Jardim sem 1.º ministro, pelo qual não morria de amores, conta este ano pela primeira vez com a presença do novo líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, este sim, ao que parece, um amigo do líder do PSD nacional. Daí a presença de Passos.
Costuma dizer-se que os homens passam e as instituições ficam. Neste caso pode dizer-se que os homens passam e as festas ficam.
A festa lá está, Jardim não.
Já agora e como a queda da cadeira por parte da chanceler Ângela Merkel, me fez lembrar outra queda bem badalada ao tempo, a queda de Salazar, pode ser que esta coisa das cadeiras instáveis indiciem o fim de qualquer coisa de ruim que assolou a Europa, Portugal em particular
Pode ser que comece a vislumbrar-se um novo dia com as próximas eleições a realizar brevemente por cá e em outros países europeus. 
Pode ser que esta onda avassaladora de desemprego, de emigração, de negativismo, de marcha atrás, de austeridade, leve o pontapé merecido por parte dos portugueses e das portuguesas, e ressurja o novo dia do Portugal moderno, adiado de há uns anos a esta parte.

PS. deixo a notícia referente à chanceler alemã, a quem desejo pronta recuperação e um convite a uma mudança corajosa de rumo da "sua" Alemanha no seio da "nossa" Europa.
Fiquem bem,

António Esperança Pereira

Merkel desmaiou e caiu da cadeira


Angela Merkel desmaiou, este sábado à noite, no intervalo da ópera "Tristão e Isolda", no festival de Bayreuth, na Alemanha.

Merkel era a convidada de honra do festival dedicado a Richard Wagner, um dos mais importantes eventos culturais no país.
No primeiro intervalo de "Tristão e Isolda", quando estava no café do teatro, desmaiou e caiu da cadeira, segundo relata o jornal alemão "Bild".
Merkel terá estado cerca de dois minutos inconsciente, até voltar a conseguir pôr-se em pé. Ao seu lado, estava a ministra da Cultura, Monika Grütters, o presidente do Parlamento federal, Norbert Lammert, e o marido, Joachim Sauer.
Esta não é a primeira vez que Merkel sofre de desmaios, tendo acontecido o mesmo no congresso do seu partido, a CDU, devido a stress e desidratação.
No final da ópera, Merkel garantiu que tinha gostado muito do evento.

quarta-feira, julho 22, 2015

Alívio da dívida, nem pensar, dizem os pobres!


Nosso comentário:

Não é preciso estar muito atento aos desenvolvimentos europeus para perceber que Jean-Claude Juncker dá muitos beijos.
É facto assente que aparece um qualquer líder europeu a jeito e zás, espeta-lhe um beijo.
Nada tenho contra beijos, antes pelo contrário, tenho só é que perceber o porquê de, numa instituição tão seráfica e conservadora como é a Comissão Europeia, apareçer um homem tão aparentemente terno e afectivo.
Faz-me pasmar o facto, pelo que tenho que investigar, depois abordarei o assunto com mais conhecimento de causa e propriedade.
Por agora registo apenas o beijoqueiro que é Claude Juncker, destacando entre os beijos que vão sendo públicos, o beijo visto e revisto repetidamente espetado na face do mediático primeiro ministro grego Alexis Tsipras.
Dito isto à laia de intróito, é minha ideia hoje divulgar uma notícia largamente difundida e que tem exactamente que ver com o beijoqueiro da Comissão Europeia e o alvo de um grande beijo seu, Alexis Tsipras. 
É que o Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker revelou, em entrevista ao diário belga Le Soir, que Portugal se opôs a que um alívio da dívida grega fosse discutido antes das eleições legislativas, designadamente em Outubro próximo. 
Bom, não só Portugal como também a Irlanda e a Espanha se teriam igualmente oposto a uma tal iniciativa antes das eleições a haver naqueles países.
Ora bem, sem me querer estar a alongar em considerações maçudas sobre o assunto, percebemos todos o porquê destas "negas" dos países referenciados. 
Mais uma vez os interesses conservadores dos governos de cada um daqueles três países, a imporem as regras. Querem evitar a todo o custo que a Grécia possa influenciar os seus eleitores, portugueses, espanhóis e irlandeses, negativamente do seus pontos de vista.
Claro que um bom acordo de Tsipras e da Grécia a nível das teses que defendem junto de Bruxelas, será sempre uma "derrota" para as teses da linha masoquista da austeridade.
Mais uma vez fica a nu uma Europa interesseira, desunida, desligada, com objectivos bem desenhados que teimam em fomentar um perigoso "caminho único", de êxito comprovadamente duvidoso.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

terça-feira, julho 21, 2015

Zona euro, colonos e colonizados?


Quanto mais tento manter-me informado e actualizado sobre a situação política da Europa actual, mais desinformado fico.
Oxalá seja só eu, pois se assim for, tudo estará a correr bem e assente em sólidos carris, eu é que estarei a ouvir e a ver mal o que ouço e o que vejo.
Hoje para espanto meu, vi, talvez pela primeira vez na televisão comentaristas supostamente conservadores e até tradicionalmente motivados com estas andanças hiper liberais dos últimos tempos, dizerem mais ou menos aquilo que eu digo e que penso.
Achei estranho mas, mais uma vez ou eu estou a ouvir e a ver mal e tudo estará a correr bem e assente em sólidos carris, ou, se estou a ouvir e a ver bem, já parecem poucos os que acreditam que a Europa que entusiasmou muita gente, tal como foi concebida e engendrada, conseguirá prosseguir por muito mais tempo.
Como se não bastasse a novela "Grécia", hoje a "bomba" por estas bandas europeias, foi sem dúvida a afirmação do Presidente francês, François Hollande sobre a criação de uma espécie de núcleo duro europeu.
Tanto quanto percebi do conteúdo e análise dessa afirmação, seriam seis os países e não só a Alemanha com ou sem França, como já nos vinham habituando de há uns tempos a esta parte a "colonizarem" a Europa.
Parece que poderia caminhar-se para um parlamento europeu onde teriam assento, para além dos três países da BENELUX (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) a Alemanha, a França e a Itália. Um equilíbrio dir-se-ia mais ou menos demográfico, atendendo às populações dos países em questão. A França e Itália somariam 120 milhões de habitantes, mais coisa menos coisa, a Alemanha e Benelux, uns cento e picos milhões também.
A França com a Itália, resolveria o seu problema de se sentir mal a sós com a Alemanha, esta por sua vez não teria do seu lado os países bálticos tão dos seu agrado, mas ficaria também em boa companhia. 
Mas vamos esperar as cenas dos próximos capítulos. Oxalá que o surrealismo não impere e que ao menos consigamos um dia destes dizer uns aos outros o que queremos, como europeus de direito e de facto que todos somos.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

sábado, julho 18, 2015

Uma digressão à Benfica!


Nosso comentário:

Sinceramente, o bombardeamento de baixa política tem massacrado o luso cidadão.
Infelizmente, com o aproximar das eleições, primeiro legislativas, depois presidenciais, não se vislumbram grandes melhorias na clarificação da "noite portuguesa". Digo noite portuguesa, porque a par desta "noite nacional" que se tem traduzido em perdas de quase tudo, existe aquela outra noite maior e circundante: "a noite europeia". Ele são comentadores a dizerem sempre as mesmas coisas, ele são mentiras e falácias, ele são jogos de palavras habilidosas e ardilosas, ele são medos impingidos nas populações quais novos cabos das tormentas por dobrar, etc etc etc 
Pesadelos e mais pesadelos vertidos no incauto cidadão cada vez mais submisso e assustado, para gáudio de meia dúzia de vendilhões da Nação.
Exactamente para fugir aos estados depressivos com que nos vêm minando, a uns mais do que a outros, escolho hoje uma notícia desportiva: 
A digressão do Benfica ao continente americano durante a pré-época. Isto, por dois motivos essenciais:
1.º porque a mesma me fez inicialmente pensar que se trataria de despesismo, num clube de gabarito que em vez de comprar grandes craques, gastaria dinheiros em viagens exageradamente caras.
2.º porque aproveito para falar dos EUA, país que continua a ser o meu melhor cliente em termos de audiência. Só a seguir vêm Portugal e Brasil.
Quanto ao primeiro ponto, devo dizer que a notícia que transcrevo me esclareceu, tendo-me mostrado que tal digressão pelas Américas, não se trata de despesismo mas sim de um investimento rentável para o Benfica.
Quanto ao segundo ponto, já o referi, não paro de me surpreender e de ser grato aos que me lêem nas Américas, por ter nos EUA a minha maior audiência.
Dito isto, a ver se consigo visionar o jogo desta madrugada, pela uma e picos (hora de Portugal) entre o SLB (Sport Lisboa e Benfica e o PSG (Paris Saint Germain)
Até porque faço anos e o Benfica merece este pequeno sacrifício numa noite de sono.

PS. Deixo abaixo a notícia referida sobre o evento que transcrevi de "notícias ao minuto".

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

Do continente Americano chegam... mais milhões

Digressão do Benfica irá render ao clube um cachet considerável naquela que é a maior digressão da equipa no presente século.

O chegou esta sexta-feira a Toronto, no Canadá, onde irá participar na Champions Cup e na Eusébio Cup, uma competição que tem por objetivo preparar a época que se avizinha e fazer com os jogadores se adaptem aos métodos do novo treinador.

Os encarnados passarão por três países diferentes, Canadá EUA e México – tornando-se na mais longa e mais produtiva digressão do século XXI. 
São 18 dias que, além permitirem à equipa preparar-se para a época 2015/16, são vantajosas financeiramente.
O clube da Luz, segundo o jornal Record, irá receber qualquer coisa como 3,5 milhões de euros pelos cinco jogos de preparação que se irão realizar: PSG (18 de julho), Fiorentina (24 de julho), New York Red Bulls (26 de julho), Club América (28 de julho) e Monterrey (3 de agosto).

Esta forma acaba por ser mais rentável, apesar de ser mais desgastante, em oposição aos habituais encontros de preparação no próprio país.

quarta-feira, julho 15, 2015

Maxi Pereira "enforcado" na Luz

Nosso comentário:

Sou um mero apreciador de desporto, não tenho qualquer paixão assolapada que me leve sequer a insultar alguém, quanto mais a "enforcar alguém". Sou adepto do SLB (Benfica) desde criança por razões que me são alheias, mas que abracei como qualquer adepto de outro clube abraça o que lhe calhou em sorte, durante toda uma vida. Vibro com as vitórias, sofro com as derrotas, não sou, nunca fui doente pela bola como se costuma dizer. Todavia, chocam-me estes fenómenos da modernidade ligados ao desporto. Um "troca, compra, vende" de jogadores e outros que tais, como quem vai à feira do gado de Almeida, Trancoso, Pinhel, Freixedas, vender gato por lebre, burro por cavalo, macho por égua e assim sucessivamente. Dizem que são imposições dos mercados. Há que vender activos, diminuir passivos, ou seja, se necessário for, vender tudo o que seja rentável nem que seja a própria mãe ou o próprio filho. Não importa quem nem o quê. Assim é com o Maxi Pereira, assim é com a Grécia, assim vem caminhando o mundo a perder a vergonha, a educação, o respeito, que pelo menos nos eram apregoadas nas escolas. Falta de vergonha das leis que permitem estas coisas, falta de moral, falta de gratidão a quem age assim. Uma vergonha para o Maxi Pereira que depois de 8 anos num clube que o tratou bem e a quem os adeptos admiravam (eu inclusivé) se esteve borrifando para o facto. Mundo cão este, exemplos de sobra de Maxi's e Grécias que tudo têm de paralelo numa sociedade que vem perdendo o respeito por si própria com o triunfo consentido e assimilado do egoísmo, da traição, do liberalismo mercantilista. E dizer que afinal de contas somos todos nós que amparamos, alimentamos e permitimos tal estado de coisas...

PS. Deixo a imagem que circula na imprensa que não é bonita mas que espelha bem este mundo cão. 

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

Maxi Pereira "enforcado" na Luz



A imagem, por si, não é bonita, mas é exemplificativa das paixões vividas no futebol. Depois de ter sido confirmado como jogador do FC Porto, os adeptos 'encarnados' pegaram na imagem de Maxi Pereira e 'enforcaram' o uruguaio. 

O ato terá sido levado a cabo pela principal claque das 'águias', os No Name Boys, como pode ser visto na imagem.
Relembre-se que o atleta representou o Benfica durante oito anos.

segunda-feira, julho 13, 2015

Voltámos à Europa das pilinhas


Nosso comentário:

Voltámos à Europa das pilinhas.
Meninos crescidos que se entretêm diariamente numa descoberta quase permanente dos seus atributos. 
Fazem-no em reuniões assíduas, descoordenadamente, desde há tempo demais a esta parte o que faz adivinhar um cansaço e um desgaste óbvios.
Para lá de cansaço e desgaste óbvios que estes procedimentos provocam, sabe-se que estas coisas de ver quem é que tem mais argumentos e aguenta mais numa prática quase diária, acarreta sérias mazelas e também imensa frustração.
É como andar a ter sempre mais do mesmo sem evoluir. Uma rotina que cansa.
É como ter um brinquedo que simultaneamente entretêm mas que também chateia.
A satisfação nunca é a que se queria.
Até porque não se conseguem encontrar finais agradáveis nem esperança de os ter. 
Frustrante mesmo!
Hoje, dia 12.07.2015 esperava-se, espera-se à hora a que escrevo estas palavras uma decisão sobre a Grécia. 
Pensa-se, ou melhor há quem pense que durante este fim de semana se chegará finalmente a uma mudança de paradigma, ou seja que se saia da simples comparação de argumentos e se passe a vias de facto.
Vamos esperar para ver.
Mas, já que vimos sendo habituados a que tais périplos entre os mais grandes, os menos grandes e os assim assim, da Europa, que terminam sempre na mesma, pensamos cepticamente que acabaremos por assistir a mais um final igualmente frustrante. 
Quer para os intervenientes da nova edição de confrontos de argumentos, quer para quem em suas casas assiste sem saber o que se passa nem o que vai acontecer com tal adiamento na evolução.
Provavelmente serão adiadas grandes evoluções e os meninos crescidos da Europa continuarão na descoberta e apresentação de atributos, prazeres e frustrações utilizando a rotina e os vícios que vêm cultivando faz muito tempo já.
Como todos sabemos, há que passar a fase das pilinhas e fazer algo adulto que valha a pena. Ou então, nicles, picles, batatóides. 


Fiquem bem,

António Esperança Pereira

sexta-feira, julho 10, 2015

Venda de garagem numa Europa arco-íris


Nosso comentário:

Não é por acaso que a língua portuguesa é das mais faladas no mundo. Há quem diga que é a 4.ª mais falada, mas que seja a 5.ª ou a 6.ª, não nos zangamos por isso.
Serve o parágrafo anterior exactamente para introduzir meia dúzia de linhas para dar relevo a algumas expressões da língua de Camões que vêm sendo ouvidas na actualidade.
Uma delas inclui-se na intervenção da deputada Catarina Martins do Bloco de Esquerda, proferida ontem na Assembleia da República durante o debate da Nação.
Cito um pequeno extracto da intervenção onde podem ler "venda de garagem". Uma expressão que me enriqueceu já que conhecia outras de igual valia e igualmente depreciativas naquele contexto, mas esta realmente não conhecia.
Obrigado Catarina Martins!
Passo a citar:
Catarina Martins, porta-voz do Bloco, dirigiu-se a Passos Coelho no parlamento criticando os "negócios milionários para a finança internacional" que não mais representam, advoga, que uma "gigantesca venda de garagem em que este Governo transformou o país".

Adriano Moreira, ao seu estilo de grande académico e estudioso dos fenómenos geopolíticos e não só, referiu igualmente uma expressão curiosa na entrevista que ontem concedeu à televisão, a qual fixei por também a desconhecer.
Passo a citar apenas uma passagem já que a entrevista foi longa e pormenorizada. Abordava então Adriano Moreira os problemas actuais da Europa e contextualizava o problema estratégico da Grécia. Foi aí que utilizou a expressão Europa arco-íris. 
Passo a citar:
....Por isso, a atenção dos EUA já foi manifestada, e parecem urgentes duas coisas: a revisão dos Tratados, e o fim da Europa-Arco--Íris, com a diversidade jurídica e de facto dos estatutos estaduais.

Outras expressões, entre muitas outras que vêm ganhando foros de popularidade:

Faltar à verdade para significar mentira 
Escola amiga, orçamento amigo, etc...
Incumpridores, para significar caloteiros
O novo português não precisa de se concentrar — precisa de se “focalizar". 
Não tem de ser resistente — tem de ser “resiliente”. 
Não imprime um texto — “printa”. 
E não tem esperança — tem “ilusão”.»  


Fiquem bem,

António Esperança Pereira

terça-feira, julho 07, 2015

Aluna de arte dramática, depois Primeira Dama


Evocação singela:




Uma vida preenchida, uma ilustre portuguesa, uma vida dedicada a preocupações de índole social, à educação, à intervenção política e cívica, etc.
De actriz a primeira dama, com tudo pelo meio, assim se poderia definir levianamente numa curta frase o percurso riquíssimo desta senhora que hoje mesmo deixou o convívio de todos nós.
Numa altura em que Portugal e os portugueses estão confrontados com dificuldades novas em que é proibido fraquejar, em que há que ir buscar forças aonde as houver...
Maria Barroso pode muito bem ser uma dessas fontes inspiradoras de coragem, de ânimo, de crença, de classe, de cultura, de portuguesismo, tão necessários à sobrevivência desta Nação soberana de séculos.
Da vida e da morte pouco há a acrescentar. São duas realidades com que todos nós temos de nos confrontar.
Maria Barroso, hoje mesmo deixou o convívio dos vivos, mas ficará para sempre entre nós, nas memórias que se perpetuarão na história de Portugal.
Um momento triste para Portugal, sem dúvida, particularmente triste para uma Família referência deste querido país. 
Aos seus entes queridos expresso os meus votos de grande pesar. Que me perdoem esta tão singela homenagem no meu blogue.


António Esperança Pereira




domingo, julho 05, 2015

Vitória da Democracia em fundo de "sedativo enervante"


Nosso comentário:

Dia 5 de Julho, Domingo, dia de referendo na Grécia. 
Creio que por toda a Europa, também um pouco por todo o mundo, se aguardava com muita expectativa o resultado deste referendo ao povo grego.
Ouvindo ou lendo os comentadores mais insignes, alguns especialistas mesmo, fica-se com a ideia baralhada. Ou seja, parece que pouca gente sabe ao certo o que se está a passar na União Europeia, muito menos o que se irá passar num futuro próximo e menos próximo.
Confusão generalizada.
Por isso o meu conselho aos leitores, por experiência própria, é o de que estejam atentos, mas não se cansarem demasiado com os programas das televisões, na sua grande maioria tendenciosos. 
Dizem todos as mesmas coisas: um opina assim, o outro assado, um diz uma coisa, o outro contradiz, um comenta alhos com sarcasmo, o outro ri-se respondendo com bugalhos, o que acaba por funcionar como um "sedativo enervante". 
Digo "sedativo enervante" porque nem dão sono ao telespectador, nem o esclarecem convenientemente.
Mas adiante. 
A situação na Zona Euro é complexa, disso não resta a menor dúvida e, claro está, a partir de hoje fica um tanto mais complexa. 
Porque me parece a mim que chegou o tempo de atar ou desatar no tratamento da ferida que a Grécia pôs a nu na Zona Euro, e agora ampliou com o resultado do referendo.
Perante cinco anos de austeridade com programas da Troika que não resultaram, a humilhação, o empobrecimento, um tratamento de chacota por parte dos "parceiros de União", o Povo Grego mostrou hoje ao mundo que coragem não lhe falta.
Resistiram à chantagem, às pressões, às sondagens rotundamente erradas (!!!???) sobre o referendo, que apontavam um "empate técnico" e acabou numa relação abismal de 60%-40%.
Responderam à chamada e, entre dúvidas e medos, ousaram votar em liberdade.
Pela minha parte, não estou contente nem triste em relação ao referendo grego. Porque, eu não sei, tal como ninguém sabe se, perante a intransigência já mostrada pelas partes intervenientes neste processo "credores e Grécia", se chegará a um acordo que resolva a contento a questão.
Saliento por isso apenas uma coisa: 
Que hoje o Povo Grego, liderado por gente fora do arco da governação,  como se diz em Portugal,  goste-se ou não dos ditos líderes, soube mostrar à Europa e ao mundo o verdadeiro valor da DEMOCRACIA e relembrar o porquê de, desde a Antiguidade, esta lhe ser tão cara.
Oxalá a Europa, depois de hoje, saiba e consiga fazer uma profunda reflexão. Que saiba mudar de rumo e de estilo. É urgente.

Desejo uma óptima semana a todos,

António Esperança Pereira



quinta-feira, julho 02, 2015

Europa: Quem tem a pilinha maior?


Nosso comentário:


Assiste-se actualmente a uma espécie de caos na União Europeia. Basta para tal confirmar as declarações sobre a actual situação grega, quase em simultâneo, de Hollande, por um lado, e dos responsáveis máximos da Alemanha, por outro.
São afirmações contraditórias. Como contraditórias são as afirmações do FMI, do BCE (Banco Central Europeu) entre muitas outras.
Pode afirmar-se que esta "União" entrou numa espécie de jogo. Só que me parece um jogo perigoso, atendendo aos antecedentes dos países que a integram.
Disse e repito que me afirmo como um europeísta convicto, desde que o projecto começou a ter pernas para andar.
Corri com a família à fronteira da vizinha Espanha, para celebrar o primeiro dia em que foi possível atravessar a dita fronteira que finalmente se abrira, sem polícia, sem passaporte, sem medo. 
Por tudo isso e mais alguma coisa, custa-me ver uma "União", mesmo que invocadas razões candentes e difíceis, incapaz de solucionar por si os seus problemas.
Custa-me sobretudo ver os "europeus" outra vez divididos, de costas voltadas, sem conseguirem, de uma forma consistente, prosseguir com o projecto europeu.
É uma Europa sem solidariedade, uma Europa metida novamente nos seus nacionalismos toscos e mesquinhos (tipo a ver quem é que tem a pilinha maior) mais nada.
Onde está a Europa das Pessoas? onde está a Europa da solidariedade? onde estão os ideais que a fundaram? de paz, de convergência, de livre circulação de mercadorias e bens. num espaço amplo e unido? uma Europa capaz de ser igual para todos os povos que aqui nasceram?
Onde está a Europa onde eu nasci e a que queria pertencer de pleno direito?


PS. Resta aguardar as cenas dos próximos capítulos, pode ser que a minha ida recente a Hamburgo (Alemanha) dê sorte e faça renascer algum bom senso nessa grande nação e em todas as outras igualmente grandes a ela ligadas por uma União: A União Europeia
Deixo mais uma das minhas fotos tiradas em Hamburgo, na circunstância o grande lago Alster, dentro da cidade.


Fiquem bem,

António Esperança Pereira

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...